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Anielle Franco confirma a ministros ter sido assediada por Silvio Almeida, diz jornal

A denúncia de assédio foi revelada pela organização Me Too Brasil nessa quinta-feira (5)

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(Atualizado às 16:55)
Anielle Franco é uma mulher negra de cabelos cacheados iluminados. Na foto, ela está de terno branco e camisa preta, discursando
Legenda: Anielle Franco é ministra da Igualdade Racial
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, afirmou a ministros no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (6), que foi assediada pelo ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida.

Segundo O Globo, que publicou a informação, a ministra confirmou a situação em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros Vinicius Carvalho, da Corregedoria Geral da União, Jorge Messias, da Advocacia Geral da União, e Cida Gonçalves, das Mulheres.

A denúncia de assédio foi revelada pela organização Me Too Brasil, que presta apoio a vítimas de violência sexual, nessa quinta-feira (5).

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Lula disse que não permitirá assédio no Governo

Em entrevista à rádio Difusora, de Goiânia, o presidente Lula afirmou que não pode permitir assédio no Governo. "Não posso permitir que tenha assédio. Vamos ter que apurar corretamente. Acho que não é possível a continuidade no Governo, porque o Governo não vai fazer jus ao seu discurso da defesa das mulheres e da defesa dos direitos humanos, com alguém que esteja sendo acusado de assédio", disse ele.

De acordo com O Globo, que ouviu fontes próximas a Lula, relatos informais das acusações já haviam chegado ao presidente e à primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. Não se sabe, porém, se a própria Anielle contou o caso.

O crime será investigado pela Polícia Federal.

Silvio Almeida nega acusações

Na quinta-feira (5), após a denúncia ser divulgada na imprensa, o ministro Silvio Almeida se manifestou em nota e afirmou que repudia "as mentiras" imputadas a ele. O gestor considera que os relatos são "ilações absurdas com o único intuito" de prejudicá-lo e "apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro".

"Confesso que é muito triste viver tudo isso, dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro", comunicou o ministro.

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