Confiança do empresário do comércio cresce 11,5% em agosto

A alta foi a maior desde o início da realização da pesquisa em 2011

Escrito por Agência Brasil ,
Legenda: Essa é a segunda taxa mensal positiva consecutiva do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec)
Foto: Fabiane de Paula

A confiança do empresário do comércio cresceu 11,5% em agosto e alcançou 78,2 pontos, na comparação com o mês anterior. É a segunda taxa mensal positiva consecutiva e a maior da série histórica do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec). Os avanços nos três subíndices do indicador, medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) favoreceram o resultado. 

De acordo com a CNC, apesar de permanecer na zona de avaliação pessimista, que é abaixo dos 100 pontos, a alta mensal foi a maior desde o início da realização da pesquisa, em abril de 2011. No comparativo anual, no entanto houve queda de 32%.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a retomada econômica do país se dá de forma gradual, porque a redução em praticamente todos os segmentos foi bastante intensa durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Na visão dele, os indicadores de atividade dos principais setores da economia têm mostrado que o fundo do poço da crise foi em abril. 

Tadros destacou a influência do comércio eletrônico no setor como resposta à pandemia. Ele defendeu a necessidade da reabertura gradativa do comércio não essencial. “Apesar das restrições que a covid-19 ainda impõe para as vendas físicas, o varejo tem viabilizado parte do faturamento pelo comércio eletrônico e outros canais digitais”, disse.

Contratações
O índice que avalia as intenções de investimento cresceu 4,3%, a primeira alta desde abril e chegou a 70,5 pontos. Entre os indicadores de investimento, a intenção de contratação de funcionários registrou crescimento recorde de 13,9% em agosto, chegando a 77,9 pontos, apesar de estar 48 pontos abaixo do nível pré-pandemia. 

Izis Ferreira informou que pela primeira vez, desde dezembro de 2019, aumentou a proporção de empresários do comércio que relataram intenção de ampliar o quadro de funcionários, que saiu de 25,1% em julho para 33,2% em agosto. De acordo com a economista, esse movimento é influenciado pela reabertura gradual e expectativas de melhor desempenho do setor no último quadrimestre.

“O último trimestre do ano concentra a principal data para o comércio, com aumento sazonal das vendas entre novembro e dezembro, o que motiva a contratação de funcionários, mesmo os temporários”, disse.

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