Reinfecção por Covid-19: saiba o que é preciso para confirmar um caso suspeito

Secretaria da Saúde e entidades parceiras realizam investigações clínicas e laboratoriais para a classificação dos pacientes

Escrito por Redação ,
Protocolo inclui a resultado positivo de exames RT-PCR, por swab nasal, em duas ocasiões diferentes
Foto: José Leomar

O Ceará investiga 183 casos de pacientes que testaram positivo duas vezes para a Covid-19, de acordo com o Plano de Contingência da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). No entanto, antes de classificá-los como reinfecção, são necessários diversos estudos clínicos e laboratoriais.

Keny Colares, médico infectologista, consultor da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP) e pesquisador de casos de recorrência de sintomas da Covid-19 no Estado, detalha que há duas grandes fases.

“Primeiro, temos de saber se houve sintomas nas duas vezes, se houve a realização de testes RT-PCR (de cotonete nasal) e se houve um tempo razoável, de pelo menos três semanas (21 dias) ou mais, entre um evento ou outro. Além disso, é preciso estudar o código genético do vírus nas duas vezes e mostrar que são vírus diferentes”, detalha.

Conforme a Sesa, os casos devem ser identificados como “quadro clínico recorrente Covid-19”. Embora a capacidade de transmissão desses indivíduos não seja completamente conhecida, a Pasta recomenda que eles sejam orientados sobre as medidas de isolamento, de forma semelhante aos casos agudos de Covid-19.

Em outubro, quando foi lançada a última nota técnica sobre a recorrência, a Sesa monitorava 160 pacientes que testaram positivo em duas ocasiões. Destes, casos recorrentes foram verificados em 12 pessoas. Em julho, na primeira análise, eram seis casos - todos em profissionais da saúde.

“Os casos suspeitos são contactados por telefone, passam por triagem e entrevistas domiciliares. A última fase da pesquisa é análise das amostras positivadas e autorizadas pelos pacientes”, explica a Secretaria.

Além de setores da Sesa e da ESP, a investigação tem apoio da Universidade de Fortaleza, do Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) e do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen).

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