Morre aos 116 anos cearense reconhecida como a pessoa mais velha do Brasil e 3ª do mundo

Francisca Celsa dos Santos foi acometida por uma pneumonia e morreu em Fortaleza na noite dessa terça-feira (5)

Escrito por Lígia Costa , ligia.costa@svm.com.br
D. Francisca Celsa sentada em uma cadeira de rodas
Legenda: Como a mobilidade de Francisca Celsa era afetada, ela dependia de cadeira de rodas para locomoção
Foto: Arquivo pessoal

Validada pelo Gerontology Research Group (GRG), ou Grupo de Pesquisa em Gerontologia, como a pessoa mais velha do Brasil e a terceira do mundo, a cearense Francisca Celsa dos Santos morreu por volta das 21h dessa terça-feira (5), aos 116 anos.

Natural de Cascavel, a idosa não estava hospitalizada e morreu em casa, no bairro Messejana, em Fortaleza, após ser acometida por uma pneumonia.

Ela não teve Covid-19, mas a piora no quadro de saúde provocou falência múltipla de órgãos, informou uma das netas de dona Francisca, a assistente administrativo Fernanda Aliny Barroso Celsa, de 41 anos. 

O corpo da idosa foi sepultado por volta das 16h desta quarta-feira (6), no Cemitério Municipal de Pacajus (Nossa Senhora da Conceição), na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

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"A gente preservou tanto ela [do coronavírus], mas estava tendo a construção de um supermercado em frente à casa dela e, por conta dessa poeira, ela pegou uma pneumonia. Ela melhorava e piorava, mas infelizmente ontem Deus a levou", diz a neta, lembrando que a avó paterna estava prestes a completar 117 anos, no dia 22 de outubro. 

De acordo com Fernanda, um dia antes de morrer, Francisca também chegou a ser reconhecida pelo Livro Guinness de Recordes como a pessoa mais velha da América Latina

Dona Francisca Celsa sentada em um sofá marrom
Legenda: Dona Francisca Celsa era natural de Cascavel, mas residia no bairro Maraponga, em Fortaleza
Foto: Arquivo pessoal

Morreu "do jeito que ela sempre quis"

Apesar da dor da perda, Fernanda diz se sentir aliviada porque a avó morreu de forma tranquila e em casa, "do jeito que ela sempre quis". 

"Quando ela tinha uns 80 anos, ela estava com câncer no estômago e pediu pelo amor de Deus pra minha mãe não deixar ela no hospital. Ela foi curada e ficou [viva] até quase os 117 anos. Pra gente isso é uma dádiva, é um orgulho". 

Para além das boas lembranças, elenca Fernanda, dona Francisca vai deixar a "união" e o "amor" entre os familiares como legado.  

"Hoje estamos completamente arrasados, mas com a certeza de que minha avó fez mais do que o papel dela. E viveu bastante; ela era uma fortaleza".

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