Livro de Lupita Nyongo, "Sulwe", ganhará filme na Netflix; veja outros livros infantis antirracistas
Na publicação, Sulwe é "uma menina cuja pele é mais escura da que de todos que ela conhece".
Questões como colorismo e preconceito racial são assuntos de criança, sim! E é a partir de discussões como essa que a atriz Lupita Nyong'o escreveu Sulwe, lançado em 2019. O livro agora se tornará a uma animação musical da Netflix.
Na publicação, Sulwe é "uma menina cuja pele é mais escura da que de todos que ela conhece". Na época do lançamento, Lupita disse que a inspiração para a criação da personagem partiu da própria história. "Sulwe é um espelho que reflete todas as crianças pretas e uma janela para todas as outras", escreveu a autora no Twitter.
"O colorismo e a predileção da sociedade por peles brancas estão vivos. O preconceito racial não está restrito apenas aos lugares de maioria branca. Em todo o mundo, até no Quênia, existe um sentimento de quanto mais claro, melhor", disse Lupita ainda nas redes sociais.
Sulwe is going to be an animated movie!! 💜✨🎬Thank you to the readers of all ages who have joined #Sulwe on her starry ride. I’m so excited for this next adventure on @Netflix! 💫 #BrightnessIsJustWhoYouAre pic.twitter.com/AmHeC5G9KV
— Lupita Nyong'o (@Lupita_Nyongo) February 18, 2021
Lupita ganhou o Oscar de atriz coadjuvante em 2014 por seu papel no filme 12 Anos de Escravidão e atuou nos filmes Pantera Negra, Nós e na saga Star Wars.
Além de Sulwe, outras publicações também trazem a temática antirracista para o dia a dia infantil. Veja sugestôes:
Amoras
Na música “Amoras”, Emicida canta: “Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também”. E é a partir desse rap que um dos artistas brasileiros mais influentes da atualidade cria seu primeiro livro infantil.
Um Vestido Para Tutti
Um Vestido para Tutti’ foi idealizada pela escritora cearense e doutora em linguística Tânia Dourado. A autora do livro escreveu em sua obra o drama das meninas do Malawi para falar do papel da moda na construção identitária das crianças. No livro, Tânia fala sobre moda, identidade e empoderamento. Segundo a autora, um simples vestido pode ser um elemento revelador na vida de uma menina, sendo capaz de iniciar uma nova forma dela olhar a si mesma e de se mostrar para o mundo.
O Pequeno Príncipe Preto
Em um minúsculo planeta, vive o Pequeno Príncipe Preto. Além dele, existe apenas uma árvore Baobá, sua única companheira. Quando chegam as ventanias, o menino viaja por diferentes planetas, espalhando o amor e a empatia. O texto é originalmente uma peça infantil que já rodou o país inteiro. Agora, Rodrigo França traz essa delicada história no formato de conto, presenteando o jovem leitor com uma narrativa que fala da importância de valorizarmos quem somos e de onde viemos - além de nos mostrar a força de termos laços de carinho e afeto.
Bucala
"Bucala: a pequena princesa do quilombo do cabula" conta a história de uma linda princesa quilombola que tem o cabelo crespo em formato de coroa de rainha. Ela possui poderes que protegem o quilombo. Bucala voa no pássaro-preto, cavalga na onça suçuarana, mergulha no reino da rainha das águas doces e aprende toda a sabedoria dos reinos africanos com o sábio ancião bem-preto-de-barbicha-bem-branca.
Meu Crespo é de Rainha
Publicado originalmente em 1999 em forma de poema rimado e ilustrado, esta delicada obra chega ao país pelo selo Boitatá, apresentando às meninas brasileiras diferentes penteados e cortes de cabelo de forma positiva, alegre e elogiosa.
A Cor de Coraline
Coraline ouviu de Pedrinho a pergunta que achou difícil: me empresta o lápis cor de pele? Aí começou a aventura da menina que fica indagando qual seria a cor da pele.