Peperômia: saiba os tipos, os cuidados e veja como cultivar

Planta tem sido utilizada para decorara ambientes internos, como casas e apartamentos

Escrito por Beatriz Rabelo , beatriz.rabelo@svm.com.br
Legenda: Um delicado vaso com esta espécie de planta ornamental, a "Peperômia caperata", traz leveza à "selva urbana"
Foto: Shutterstock

Se você considera decorar a sua casa seguindo o estilo de “selva urbana”, com jarros de plantas espalhados pelos cômodos, talvez as peperômias sejam uma boa escolha. 

Na natureza, esses vegetais costumam ser encontrados principalmente em ambientes de floresta úmida a sub-úmida. Apesar disso, são plantas bastante cultivadas nos jardins e nos ambientes domésticos

Diário do Nordeste conversou com o especialista em Botânica Natanael Costa Rebouças*, que explicou os tipos e as formas de cuidar.

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Tipos de peperômia

Natanael detalha que as peperômias são plantas vasculares, apresentando vasos condutores de água e nutrientes. Elas podem ser encontradas em diferentes tipos. Dentre os mais cultivados, estão: 

  • Peperômia melancia: suas folhas lembram a casca de uma melancia;
  • Peperômia capareta: tem folhas amarronzadas à rubro-negras com textura enrugada;
  • Peperômia variegata: tem folhas verdes-amareladas;
  • Peperômia pendente: seus ramos ficam pendentes;
  • Peperômia tricolor: suas folhas apresentam diferentes colorações, como verde, creme e avermelhado.

O doutorando em Sistemática, Uso e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal do Ceará (UFC), detalhou que a espécie integra a família Piperaceae, especificamente do gênero Peperomia.

Como e onde cultivar a planta

Para quem quer construir sua família de plantas, é recomendado o cultivo em um vaso que apresente furos. Natanael explica que, dessa forma, está garantida a drenagem da água.

Além disso, a iluminação do sol não deve ocorrer de forma direta, sendo melhor locais arejados e com luz indireta. "A luz solar pode queimar e danificar a folha", explica. 

Legenda: Peperomia clusiifolia no Jardim Botânico dos Estados Unidos
Foto: Wikimedia Commons/David J. Stang

Cuidados necessários

Uma vez garantindo um bom lugar para deixar sua planta, também é recomendado regar a peperômia de acordo com as condições ambientais. Portanto, durante o período de chuva ou inverno, os cuidadores devem regar menos.

Enquanto no período de seca, calor e verão, a planta pede por uma maior frequência de água. Porém, o especialista alerta que "o substrato deve ser sempre verificado se está úmido ou não".

Fazendo a muda

A confecção da muda é simples e pode ser realizada pelo próprio dono da planta, sendo necessário somente escolher um ramo entre 15 cm a 20 cm e enterrá-lo em solo adubado dentro de um vaso com furinhos.

Dentre uma regra de cuidado está a necessidade de manter o solo úmido, sem encharcá-lo. Muita água pode resultar no apodrecimento do ramo. 

Legenda: Espécime de Peperômia rubéola no Botanischer Garten, Berlim-Dahlem
Foto: Wikimedia Commons

O que fazer quando a planta está murcha

E o que se deve fazer caso encontre a peperômia um pouco murcha? Bom, é importante averiguar se a plantinha está recebendo a quantidade de regas adequadas.

Isso ocorre provavelmente porque o adubo está seco e sem disponibilidade de água para a planta garantir suas atividades vitais.

Como as peperômias são adaptadas a ambiente úmidos e sub-úmidos, a atenção ao substrato deve ser constante para evitar que a planta murche. 

Por que a peperômia fica com as pontas pretas?

Já o caso das pontas pretas ou folhas amareladas costuma acontecer como uma consequência da iluminação intensa sobre as folhas. Essa coloração significa que as lâminas foliares da planta devem ter queimado por conta do sol. 

Dessa forma, Natanael reforça a importância de "cultivar a sua peperômia em local arejado e sem iluminação direta".

Como saber se a planta está saudável?

É essencial acompanhar as mudanças físicas da peperômia, principalmente folhas e ramos, para saber se ela está saudável. Como já apontado pelo especialista, "folhas amareladas, pontas das folhas escuras são sinais de alerta". 

Fungos e nematoides também podem atacar a planta. No entanto, se ela estiver recebendo regas adequadas, em solo adubado e com iluminação apropriada, certamente se desenvolverá bem.

Um indício de ótimo estado de saúde é a produção de espigas longas com flores cremes.

*Natanael Costa Rebouças é formado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutorando em Sistemática, Uso e Conservação da Biodiversidade - Botânica, na mesma instituição

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