'Rainha dos reboques' é alvo da Polícia por supostamente fraudar leilões de veículos

Empresária Priscilla Santos é investigada por dever R$ 5 milhões ao estado do Rio de Janeiro

Escrito por Redação ,
Priscilla Santos
Legenda: Segundo a defesa da influenciadora digital, a investida policial é "mais um ato ilegal e precipitado do Estado”
Foto: reprodução/redes sociais

Conhecida como "Rainha dos Reboques", a empresária Priscilla Santos é investigada por supostas fraudes em leilões. Ela é alvo de buscas na Operação Arremate, deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (8), mas até as 9h20 não havia sido encontrada. 

Segundo a defesa da influenciadora digital, a investida policial é "mais um ato ilegal e precipitado do Estado”.

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Ao todo, conforme o portal g1, os agentes da  Delegacia de Defraudações cumprem oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Priscilla, localizados no Rio e na Baixada Fluminense. Um deles seria a própria casa da empresária, em um condomínio de luxo, na Barra da Tijuca. Pessoas encontradas na residência afirmaram não saber onde ela estaria.

A empreendedora é proprietária de uma das maiores empresas de reboque do Brasil, a Rebocar, e ostenta uma vida luxuosa nas redes sociais

Dívida de mais R$ 5 milhões com RJ

Em 2019, a empresa dela firmou um contrato com o departamento estadual que fiscaliza os transporte rodoviário, Detro, para prestar serviços de reboque, guarda e leilão de veículos apreendidos. O valor do negócio era de R$ 25 milhões para o Lote 1, que contemplava os municípios do Rio, de Niterói e de São Gonçalo. 

Em abril deste ano, o jornal RJ2 revelou que a firma de Priscilla devia funcionários e contratantes. Apenas com a Detro, a dívida chegou a R$ 5 milhões em arrecadações de leilões não repassadas. 

Segundo informações do g1, a Rebocar era responsável por leiloar os carros que não eram recuperados nos pátios para onde os veículos eram levados a mando do Detro. Os automóveis foram todos vendidos, mas o dinheiro não foi repassado para os cofres públicos. 

Fornecedores também afirmam que não receberam pagamentos sobre os serviços prestados a empresária, como um técnico que instalou cabos de rede, internet e telefonia no pátio de Vargem Grande. Ele afirma que a mulher lhe deve R$ 80 mil

Até carros arrematados nos leilões não foram entregues. Segundo uma compradora, ela repassou R$ 26 mil em um suposto lance vencedor, mas após um ano ainda não recebeu o veículo. Ainda conforme o RJ2, pessoas ligadas a Priscilla usavam os carros anunciados nos leilões, mesmo sem pagar por eles. 

Ex-funcionários declararam que a Rebocar não avisava a tempo aos proprietários que os veículos estavam indo a leilão, além de automóveis serem furtados de dentro dos pátios da empresa. Outra dívida atribuída a influenciadora é o aluguel do terreno em Vargem Grande, usando como pátio para veículos rebocados. A cobrança de R$ 2 milhões parou na Justiça. 

Além de Priscilla, ex-funcionários e amigos também são alvo da operação da Polícia Civil.

O que diz a defesa

Os advogados da empresária afirmaram, em nota, que “esta operação é mais um ato ilegal e precipitado do Estado contra a empresária”. 

“Desde que a Rebocar venceu licitamente o processo licitatório para operar no Estado do Rio de Janeiro, a empresária vem sofrendo diversas ameaças e retaliações por não aceitar se envolver em esquemas criminosos”, frisaram.

“Há cerca de duas semanas, representamos ao Ministério Público a respeito de alguns fatos que vêm ocorrendo. Oferecemos documentos comprobatórios de nossas alegações e, devido à gravidade da situação apresentada, solicitamos o auxílio do Gaeco nas investigações, mesmo sabendo que tal solicitação só poderia ser feita pelo promotor natural do caso, o que, ainda, não ocorreu”, explicaram.

“Ao longo das investigações provaremos a lisura de nossa cliente”, destacaram. 

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