Mãe de Djidja Cardoso pretendia alterar CNPJ de salão para facilitar compra de cetamina, diz polícia

Evidências foram encontradas no celular da empresária Cleusimar Cardoso

Escrito por Redação ,
Cleusimar Cardoso
Legenda: Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja Cardoso, está presa desde o dia 30 de maio
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Antes de ser presa, a mãe de Djidja Cardoso, a empresária Cleusimar Cardoso, fez a alteração do CNPJ de uma das unidades do salão de beleza "Belle Femme". O objetivo era abrir uma clínica veterinária para comprar cetamina com facilidade. A informação foi dada pelo delegado Cícero Túlio, responsável pelas investigações sobre o caso, ao g1.

Cleusimar criou um grupo religioso, que promovia o uso indiscriminado de cetamina, droga sintética de uso humano e veterinário. A seita prometia trazer "iluminação ao mundo" e "capacitar a humanidade" para construir uma "nova consciência" nos próximos dois mil anos.

Veja também

O irmão de Djidja Cardoso, Ademar Cardoso, também fazia parte do movimento.

Na segunda-feira (10), Cícero disse que foram encontradas mensagens no celular de Cleusimar indicando o interesse dela em abrir a clínica. "A gente conseguiu identificar de que ela pretendia abrir uma clínica veterinária, sobretudo, para facilitar o acesso e compra a esse tipo de medicação, que é uma medicação controlada", afirmou.

Entenda o caso

Djidja foi encontrada morta em casa, em Manaus, no dia 28 de maio. A suspeita é de que ela tenha sofrido uma overdose de cetamina durante um dos rituais propostos pelos parentes. A mãe e o irmão foram presos dois dias depois pelo crime.

Na casa da família Cardoso, a Polícia revelou que encontrou seringas, doses de cetamina, frascos vazios, medicamentos, documentos e computadores. Além disso, os investigadores disseram que o lugar tinha "cheiro de carne em estágio de putrefação".

Família Cardoso
Legenda: Defesa e Polícia esperam resultado do IML para seguir com o caso
Foto: Reprodução/Instagram

A defesa da mãe e do irmão alega que mãe e filho são "extremamente dependentes químicos". Conforme a Polícia, os rituais da seita da família Cardoso prometiam "transcender a outra dimensão e alcançar um plano superior e a salvação" com o uso de cetamina. Participavam desses rituais funcionários dos salões de beleza de Djidja, Cleusimar e Ademar, além de amigos da família. 

Três colaboradoras dos salões, inclusive, foram presas por suspeita de aliciamento de integrantes para o grupo.

Assuntos Relacionados