Justiça absolve servidor público acusado de comparar cabelo de advogada com 'vassoura de piaçava'

O agente público havia sido condenado a dois anos e oito meses de prisão, recorreu da decisão e foi absolvido na segunda instância

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Redação producaodiario@svm.com.br
A advogada Julietta Elizabette de Jesus Oliveira Teofilo estavam em uma chamada virtual quando foi vítima do comentário
Legenda: A advogada Julietta Elizabette de Jesus Oliveira Teofilo estavam em uma chamada virtual quando foi vítima do comentário
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A 5ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP absolveu um servidor público de 73 anos da Justiça do Trabalho de Sorocaba acusado de injúria racial contra a advogada Julietta Teófilo. 

O agente público havia sido condenado a dois anos e oito meses de prisão por comparar o cabelo da profissional a uma vassoura de piaçava. Ele recorreu da decisão e foi absolvido na segunda instância.

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A maioria dos magistrados entendeu que a conduta, apesar de inapropriada, não configurou o crime de injúria racial.

O voto vencedor foi o do desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan, que não enxergou na conduta do servidor a intenção de ofender a advogada com base em sua cor, raça ou etnia. 

Entenda o caso

O caso ocorreu no fim de abril de 2023, durante um atendimento no balcão virtual da Justiça do Trabalho. À época, uma estagiária elogiou o cabelo da advogada. Logo em seguida, o servidor reagiu fazendo a comparação.

De imediato, a advogada acusou o agente de ter praticado uma conduta criminosa. Ela também denunciou o caso à Ouvidoria do órgão, à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ao Ministério Público.

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