Uruguai registra caso do fungo negro em paciente recuperado da Covid-19
Estados da Índia declararam epidemia de mucormicose, causada pelo fungo
O Uruguai registrou um caso do fungo negro, que causa a mucormicose, em um homem recuperado da Covid-19. A informação foi divulgada pelo jornal El País, nesta quarta-feira (26).
O paciente foi internado na capital Montevidéu e apresentou os sinais da infecção dez dias após ter se recuperado da Covid-19. Ele fez exames que confirmaram a mucormicose.
O infectologista que atende o paciente, Henry Albornoz, afirmou ao El País que o homem tem diabetes. A mucormicose não é evento exclusivo de pacientes da Covid-19, então não é possível dizer se é o primeiro caso.
"O importante não é a identificação de um caso, mas o aviso de que o desgaste imunológico causado pela covid-19 pode deixar um terreno fértil para outras infecções", explica Albornoz.
O distúrbio ocorre mais intensamente em pacientes com sistema imunológico debilitado, como diabetes, AIDS e recém-recuperados da infecção pelo coronavírus. Além disso, a medicina investiga uma relação com os medicamentos esteroides usados para combater a Covid-19.
O infectologista afirmou que o homem não precisou ser internado em decorrência da Covid-19, pois não tinha um quadro grave. "Mas cerca de 10 dias depois, os sintomas da infecção do fungo começaram e agora essa é sua principal batalha", ressaltou.
Mucormicose
A mucormicose é uma rara infecção fúngica que se prolifera rapidamente. Na Índia, que passa por uma forte segunda onda do coronavírus, pelo menos nove estados declararam epidemia pela infecção do fungo.
Os fungos mucor, causador da patologia, são extremamente comuns, sendo encontrados na terra ou em alimentos estragados, como no bolor de pão. Eles atacam os sinos nasais ou o pulmão de indivíduos com imunodeficiência.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) afirmam que os primeiros sintomas do "fungo negro" são dores de cabeça, inchaço do rosto e febre. Infecção tem taxa de mortalidade superior a 54%.
Os fungos mucor, causador da patologia, são extremamente comuns, sendo encontrados na terra ou em alimentos estragados, como no bolor de pão. Eles atacam os sinos nasais ou o pulmão de indivíduos com o sistema imunológico debilitado, como o dos pacientes recém-recuperados da doença causada pelo novo coronavírus. O tratamento mais urgente é a Anfotericina B lipossomal.