Trump não será preso ou pagará fiança, mas não poderá possuir armas de fogo; entenda

O juiz Juan Merchan oficializou a sentença na última sexta-feira (10)

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Foto de Donald Trump em tribunal
Legenda: A condenação de Trump mantém a culpa, mas não acarreta tempo de prisão, multa ou liberdade condicional
Foto: POOL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, foi condenado por fraude em pagamentos à ex-atriz pornô Stormy Daniels, mas não cumprirá pena de prisão nem pagará multa. Agora com crimes graves, sua ficha criminal vai passar a lhe restringir direitos como o porte de armas.

O juiz Juan Merchan oficializou a sentença na última sexta-feira (10). Trump, que participou remotamente da audiência, afirmou que a condenação tem motivação política e reafirmou sua inocência.

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São 34 acusações de falsificação de registros para encobrir pagamentos para compra do silêncio de Stormy Daniels, que alegou ter tido relações sexuais com ele. 

Apesar da decisão, o presidente americano não terá consequências graves.

Situação de Trump após sentença

Eleito presidente dos Estados Unidos, Trump mantém o direito ao voto, pois a legislação da Flórida, onde está registrado, restaura esse direito após a conclusão da pena, desde que não envolva crimes sexuais ou homicídios.  

Sua situação pode complicar apenas em viagens a países como Canadá e Reino Unido, que possuem restrições para pessoas com condenações criminais.  

A condenação também não o impede de exercer a presidência, segundo a legislação federal, apesar de leis estaduais exigirem perdão ou expurgo para a investidura em cargos públicos. 

Outro benefício de Trump é a manutenção da sua agenda diplomática como presidente, já que ele terá um passaporte oficial e liberdade para viagens internacionais relacionadas a funções do cargo.  

Por outro lado, ele está proibido de possuir armas de fogo, ainda conforme a legislação federal.

Além disso, Trump será obrigado a fornecer uma amostra de DNA para o banco de dados criminal de Nova York, que poderá ser usada em investigações de crimes não resolvidos. O estado possui mais de 720 mil perfis em seu sistema, que também é conectado ao banco de dados do FBI.  

Quanto ao perdão, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, tem autoridade exclusiva para concedê-lo, mas sua posição ainda é incerta. Ela afirmou que o processo pode considerar elementos como "remorso", mas ninguém recebe tratamento especial.

“Ninguém será tratado melhor ou pior por mim quando eu tomar essas decisões que alteram a vida, enquanto olhamos para as petições que chegam ao longo do ano”, disse Hochul. “Então, ninguém ganha favores extras, ninguém é tratado pior.”