'Sister Hong': homem é preso na China por gravar encontros escondidos e vender material na internet

Caso veio a público no início de julho e viralizou esta semana nas redes sociais

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 16:22)
Imagem de duas pessoas, uma jovem com cabelo longo e uma máscara facial, a outra jovem com cabelo curto e expressão facial séria, ambos em ambiente interno.
Legenda: O homem, identificado como Jiao, está preso desde o início de julho
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um homem de 38 anos foi preso na China, no início de julho, após um escândalo que abalou as redes sociais do País. Conforme o portal chinês South China Morning Post, o suspeito, identificado como Jiao, utilizava maquiagens, roupas femininas e modulação de voz para se relacionar com outros homens e gravá-los sem consentimento.

O que aconteceu?

Relatos indicam que Jiao tenha saído com mais de mil vítimas, embora autoridades do País confirmem apenas algumas centenas de casos. 

Os homens, a maioria casados, encontravam o suspeito em aplicativos de namoro por outro nome: "Sister Hong" ou "Irmã Vermelha".

As investigações apontam que Jiao tinha câmeras escondidas no apartamento dele, onde os encontros íntimos aconteciam, e depois vendia todo o material por 150 yuan (cerca de R$ 115 na cotação atual). O suspeito se passava por uma mulher casada e usava a fantasia de ser “a esposa de outro homem” para atrair parceiros.

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Gravações das vítimas vazaram na internet

Algumas das vítimas viram elas mesmas nos vídeos vazados e denunciaram Jiao à Polícia. Em depoimento às autoridades, ele afirmou que nunca ameaçou os parceiros, mas apenas pedia alguns presentes, como frutas ou leite. Um deles o teria presenteado com óleo de cozinha.

Segundo o South China Morning Post, algumas das vítimas foram reconhecidas por familiares. O portal cita uma mãe que descobriu que o filho, um professor de inglês do jardim de infância, se encontrava secretamente com a "Sister Hong". Uma esposa também identificou o marido em algumas das gravações vazadas.

Na China, o caso gerou amplo debate sobre privacidade, ética e a repressão sexual masculina no País. No dia 8 de julho, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Nanquim disse ao meio de comunicação chinês Jimu News que estão preparados para fazer um exame físico naqueles que estão preocupados com sua saúde.

Conforme a Lei Penal da China, a divulgação de material obsceno pode resultar em pena de até dois anos de prisão. Jiao também pode ser punido por violação da privacidade e dos direitos de imagem de outras pessoas. Ele segue detido e aguarda julgamento.

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