'Raio de Ferro': Israel começa a usar laser para derrubar mísseis do Irã, diz agência
Equipamento foi lançado em 2022, mas foi testado pela primeira vez em larga escala na última quarta-feira (18)

Israel utilizou, pela primeira vez, o laser antiaéreo "Iron Bean ("Raio de Ferro", em português) para interceptar mísseis iranianos. Segundo a agência de notícias russa Tass, a estreia do equipamento aconteceu na quarta-feira (18).
A informação veio de um funcionário israelense em Moscou, na Rússia. Segundo a fonte, mesmo após três anos do lançamento, a arma continua sendo testada. O conflito entre Israel e Irã é o primeiro a contar com a participação do laser.
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Como funciona o 'Raio de Ferro'?
O "Raio de Ferro" é um dos mais potentes sistemas de defesa de Israel contra mísseis e outras ameaças aéreas. Segundo a desenvolvedora do armamento, Rafael Advanced Defense Systems, o laser tem capacidade de 100kw com bateria ilimitada.
Além de mísseis, a arma consegue neutralizar foguetes, artilharia, morteiros, mísseis de cruzeiro e veículos aéreos não tripulados (UAVs), inclusive drones.
O equipamento é composto por três sessões: a primeira, o raio, é direcionada aos céus para interceptar ameaças aéreas. Ele é auxiliado pela segunda parte, o scan de rastreamento de objetos voadores. Já a base reconhece e ameaça e calcula a resposta.
Uma reportagem do jornal The Wall Street Journal, de 2022, afirma que o "Raio de Ferro" possui energia o suficiente para fornecer luz a 360 casas. Um tiro custa menos de cinco dólares para Israel.
"Este sistema laser é uma mudança estratégica para Israel e para o mundo", declarou Naftali Bennett, ex-primeiro-ministro de Israel, ao anunciar o desenvolvimento desse tipo de defesa, em 2022.
Desvantagens
Apesar da potência, o alcance do "Raio de Ferro" ainda é curto para um combate de larga escala: cerca de 10 km de distância.
Além disso, a desenvolvedora do equipamento reconhece que a obrigatoriedade do uso de eletricidade ou de baterias pode ser um limitante.