Pior fase da pandemia de Covid pode estar chegando ao fim na Europa, diz OMS

Variante Ômicron respondeu por 31,8% de novos casos de Covid-19 no continente na última semana

Escrito por AFP e Estadão Conteúdo ,
Teste rápido de Covid
Legenda: OMS estima que variante Ômicron do coronavírus pode levar ao fim da "fase de emergência" da pandemia
Foto: Shutterstock

O braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa expressou confiança, nesta segunda-feira (24), de que a variante Ômicron do coronavírus pode levar ao fim da "fase de emergência" da crise sanitária, embora seja mais transmissível que cepas anteriores.

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"A pandemia está longe de terminar, mas espero que possamos encerrar a fase de emergência em 2022 e abordar outras ameaças à saúde que exigem nossa atenção urgentemente", afirmou o diretor da OMS para o continente europeu, Hans Henri P. Kluge.

Segundo a nota, a Ômicron respondeu por 31,8% de novos casos de Covid-19 na região na última semana, um avanço em relação aos 15% do período anterior.

Para acabar com a fase aguda da pandemia, os países não devem ficar de braços cruzados e são obrigados a lutar contra a desigualdade na vacinação, vigiar o vírus e suas variantes e aplicar restrições adaptadas, explicou o especialista, na abertura do comitê executivo da OMS, que se reúne toda semana em Genebra.

Metade dos 194 estados-membros da OMS não alcançaram o objetivo de chegar a 40% da população vacinada no fim de 2021, segundo a instituição.

Aumento das internações

"Embora a Ômicron pareça causar doenças muito menos graves que a Delta, ainda estamos vendo um rápido aumento nas hospitalizações, devido ao grande número de infecções", explica.

Kluge acrescentou que considera muito provável a emergência de novas variantes, mas reforçou que os governos devem conseguir evitar a imposição de medidas restritivas duras.

"É verdade que viveremos com a Covid (...), mas aprender a viver com ela não deve significar que temos que deixar o caminho livre. Não deve significar que temos que aceitar que 50 mil pessoas morram toda semana devido a uma doença que podemos prevenir e nos recuperar", disse.

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