Pfizer propõe 3ª dose em meio à propagação mundial da variante Delta do coronavírus

Os laboratórios disseram que uma terceira dose aumenta os níveis de anticorpos de cinco a dez vezes

Escrito por AFP ,
Vacina da Pfizer
Legenda: A Pfizer e a BioNTech disseram que vão solicitar, em breve, autorização para uma terceira dose da vacina contra a Covid nos Estados Unidos, na Europa e em outras regiões
Foto: AFP

A Pfizer e a BioNTech anunciaram, na quinta-feira (8), que solicitarão autorização para uma terceira dose de sua vacina contra a Covid-19 para reforçar sua eficácia. A medida visa conter a propagação da Delta, no momento em que a variante causa surtos devastadores na África e na Ásia, e aumentam os casos na Europa e nos Estados Unidos.

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Os laboratórios disseram que uma terceira dose da vacina terá um bom desempenho contra a variante Delta, pois aumenta os níveis de anticorpos de cinco a dez vezes mais contra a cepa original do coronavírus e contra a variante Beta, segundo dados de um teste em andamento.

As empresas afirmam ainda que a dose de reforço agirá de maneira similar contra a variante Delta, mas que também desenvolverão uma vacina específica contra essa cepa, que surgiu na Índia e é mais contagiosa.

A nova variante está causando uma aceleração da pandemia, que já registra mais de quatro milhões de mortos, segundo balanço da AFP com base em dados oficiais. 

Isso levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a advertir que o mundo se encontra "em um ponto perigoso".

Estados Unidos avalia reforço

As autoridades americanas disseram que ainda estão avaliando a necessidade de um reforço.

"Os americanos que foram completamente vacinados não precisam de um reforço neste momento", afirmaram as agências de saúde. "Estamos preparados para doses de reforço desde que a ciência demonstre que são necessárias".

Já a União Europeia disse estar "preparada", caso seja necessário aplicar uma terceira dose da vacina da Pfizer/BioNtech na população do bloco, como propõem os fabricantes, afirmou a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, nesta sexta-feira (9).

"Estamos preparados, caso isso seja necessário, tanto no nível europeu, como em termos de estratégia europeia" de compra comum e de distribuição de vacinas, reforçou a comissária. 

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