Paciente em estágio avançado de Parkinson há 30 anos volta a andar após implante na medula espinhal
O tratamento foi desenvolvido por uma equipe suíça
Um tratamento desenvolvido por pesquisadores suíços fez com que um homem com Parkinson em estágio avançado recuperasse quase toda a capacidade de caminhar. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (6) pelo grupo de pesquisadores.
O tratamento consiste em implantar eletrodos, chamados de neuroprótese, na medula espinhal. Segundo a equipe médica, o implante reduz os problemas dos pacientes em andar e com equilíbrio.
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Impacto na vida do paciente
O paciente que participou do programa se chama Marc, tem 62 anos e vive na França. Ele vive com Parkinson há 30 anos e tinha dificuldade para caminhar, assim como boa parte das pessoas com a doença.
A neuroprótese foi testada primeiro em primatas e depois implantada em Marc. O paciente usa a neuroprótese por cerca de oito horas por dia há quase dois anos.
Ele afirmou que após o tratamento consegue andar com mais facilidade e até planeja uma viagem ao Brasil. Porém, Marc ressalta que o esforço exige concentração, principalmente ao subir escadas.
PROGRESSO DA PESQUISA
A equipe suíça ampliou o experimento para um grupo de seis pacientes com Parkinson. Devido ao alto custo do implante, o acesso é limitado.
A cirurgiã Jocelyne Bloch e o neurocientista Gregoire Courtine, que lideram a equipe de pesquisa, lançaram uma "startup" chamada Onward para investigar uma futura comercialização.
"Este é um procedimento bastante invasivo, mas pode ser uma tecnologia revolucionária para ajudar a restaurar os movimentos em pessoas com Parkinson avançado", disse David Dexter, diretor de pesquisa do Parkinson's UK.