Milhares de manifestantes aumentam pressão sobre Netanyahu em Israel
Protesto em frente à residência do primeiro-ministro pressionou por renúncia
Uma manifestação das famílias e apoiadores dos reféns sequestrados pelo movimento islamista Hamas reuniu milhares de pessoas em Tel Aviv neste sábado (4).
Outro protesto contou com centenas de pessoas em Jerusalém, para exigir a renúncia do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que consideram "responsável e culpado" pela situação no país.
O Hamas invadiu o território israelense em 7 de outubro em um ataque que resultou em pelo menos 1.400 mortes, a maioria civis. Durante o ataque, os militantes também capturaram 240 pessoas, de acordo com as autoridades israelenses.
Desde então, Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza e, segundo o Hamas, que governa o enclave, quase 9.500 pessoas, incluindo 3.900 crianças, morreram na ofensiva.
Os familiares dos reféns em Gaza pediram a Netanyahu mais esforços para sua libertação. "As famílias dos reféns e dos desaparecidos não voltarão para casa até que todos os reféns estejam em casa", declarou em frente ao Ministério da Defesa a organização que representa os familiares, responsável por convocar o ato em Tel Aviv.
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"Espero e exijo que meu governo mude de atitude", afirmou Hadas Kalderon, que tem cinco familiares sequestrados. "Todo dia acordo para um novo dia de guerra. Uma guerra pela vida dos meus filhos", acrescentou.
Pressão contra Netanyahu
Em Jerusalém, centenas de pessoas se manifestaram em frente à residência de Netanyahu pedindo sua renúncia e culpando-o pelo sangrento ataque de 7 de outubro.
"Queremos uma votação para nos livrar de Netanyahu. Espero que as manifestações continuem e cresçam", disse Netta Tzin, de 39 anos, à AFP.
Uma onda de protestos abalou Israel durante vários meses este ano, contra a reforma judicial promovida pelo governo de Netanyahu, um dos mais à direita na história do país.