Mais de 1,4 mil pessoas morreram e 3,1 mil ficaram feridas após um terremoto de 6 graus de magnitude afetar o leste do Afeganistão no fim de semana, segundo balanço atualizado nesta terça-feira (2) pelo governo talibã.
O abalo sísmico foi seguido por pelo menos cinco tremores secundários menores, por volta da meia-noite de domingo (31), em áreas remotas das províncias montanhosas de Nangarhar, Kunar e Laghman, na fronteira do País com o Paquistão.
O porta-voz do governo local, Zabihullah Mujahid, informou, em um comunicado, que mais de 5 mil casas foram destruídas. A agência da ONU para migrações informou à AFP que alguns vilarejos afetados continuam inacessíveis devido aos bloqueios nas estradas.
Os moradores de algumas localidades se uniram aos esforços de resgate, agindo para retirar os escombros das casas de barro e pedra construídas em vales íngremes.
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O epicentro do terremoto foi localizado a 27 quilômetros de Jalalabad, a capital da província de Nangarhar, e a somente oito quilômetros de profundidade. Terremotos relativamente superficiais podem provocar mais danos, em particular porque muitos afegãos vivem em casas de barro, vulneráveis ao desabamento.
Diante da tragédia, 5 milhões de dólares (cerca de R$ 27,1 milhões, conforme contação do Banco Central) do fundo mundial de intervenção de emergência da ONU foram liberados, informou na segunda-feira (1º) o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.