O desabamento de uma mina de ouro clandestina na África do Sul deixou pelo menos 82 mineiros feridos e 36 mortos. As operações de resgate iniciaram na segunda-feira (13) e devem durar 10 dias.
Uma empresa que realiza resgates em minas enviou uma grande gaiola para resgatar as vítimas perto de Stilfontein, cerca de 150 km a sudoeste de Joanesburgo.
Não se sabe quantas pessoas ainda estão na mina de ouro de quase dois quilômetros de profundidade, mas a polícia disse que pode haver várias centenas.
Nove corpos foram retirados da mina na segunda-feira e outros 27 foram "declarados mortos" nesta terça (13), informou um comunicado da polícia. O documento especifica que várias dezenas de mineradores conseguiram sair, mas se encontram muito debilitados.
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Johannes Qankase, líder comunitário, disse nesta terça-feira (14) que 26 pessoas haviam sido resgatadas. “Os sobreviventes estão muito doentes e muito desidratados. Podemos ver, eles estão quase morrendo", disse ele.
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MINERAÇÃO ILEGAL
O acesso à mina foi isolado pela polícia durante meses como parte de uma operação para prender centenas de mineradores ilegais. Os "zama zamas" (palavra zulu para "aqueles que tentam") geralmente vêm de outros países para trabalhar em minas sem licença na África do Sul.
Suas atividades são desaprovadas tanto pelas empresas de mineração quanto pelos moradores locais, que as associam ao aumento da criminalidade.
As autoridades foram acusadas de tentar forçar os mineradores a voltar à superfície do que parecia ser uma pequena cidade subterrânea, cortando desde novembro o fornecimento de alimentos e água que lhes era trazido pela comunidade local, que vive da economia informal em torno da mina.
O governo afirmou na segunda-feira que mais de 1 mil pessoas envolvidas em atividades ilegais de mineração na área foram presas até agora.
Não está claro quantas pessoas estão na mina. Em meados de novembro, foi alegado que até 4 mil pessoas estavam no subsolo, mas a polícia estimou que o número provavelmente estava na casa das centenas.
Seis corpos foram extraídos do poço 11 no início de dezembro, mas ainda pode haver mais corpos no subsolo.