Marine Le Pen, líder da extrema direita da França, é condenada e fica inelegível por cinco anos

Política de 56 anos era apontada como uma das favoritas para a próxima eleição presidencial

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Marine Le Pen
Legenda: Deputada francesa foi condenada nesta segunda (31) por desvio de fundos públicos
Foto: Alain JOCARD / AFP

Líder de extrema-direita da França, Marine Le Pen foi condenada pelo Tribunal Correcional de Paris, nesta segunda-feira (31), por desvios de recursos públicos quando era deputada. A decisão a torna inelegível por cinco anos, o que impede a candidatura à eleição presidencial da França em 2027. 

Le Pen, de 56 anos, era apontada como uma das favoritas para a próxima eleição, que não terá a candidatura do presidente centrista Emmanuel Macron, que está em seu segundo mandato.

A Justiça impôs cinco anos de inabilitação para o direito de sufrágio passivo, que se aplicaria mesmo em caso de recurso, e quatro de prisão, embora ela tenha apenas a obrigação de cumprir dois anos em regime domiciliar e com tornozeleira eletrônica. "O objetivo é garantir que os representantes eleitos, como todos os cidadãos, não se beneficiem de um tratamento preferencial", afirmou a presidente do tribunal, Bénédicte de Perthuis.

Após conversar rapidamente com seu advogado, a líder parlamentar do partido Reagrupamento Nacional (RN) deixou o tribunal sem esperar o anúncio das penas. Ela concederá uma entrevista ao canal TF1 nesta noite (15h pelo horário de Brasília).

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Pagamento de funcionários com recursos do Parlamento

A Justiça julgou, entre setembro e novembro, Marine Le Pen, o partido dela e outras 24 pessoas por supostamente pagar com o dinheiro do Parlamento Europeu os funcionários de sua legenda entre 2004 e 2016. 

Segundo a investigação, o partido iniciou de "forma coordenada e deliberada" um "sistema de desvio" dos 21 mil euros (22,7 mil dólares ou 130 mil reais) que cada eurodeputado recebe por mês para pagar seus assistentes parlamentares.

O tribunal considerou que estas pessoas trabalharam na realidade para o partido Frente Nacional (FN), rebatizado como RN em 2018, que teria economizado quantias importantes de dinheiro com esta prática proibida pela legislação europeia.

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