Irã lança mais de 100 drones e mísseis contra Israel em retaliação a bombardeio a consulado na Síria
Líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei havia afirmado que o “malicioso regime sionista” será punido
O Irã lançou pelo menos 100 drones e mísseis contra Israel neste sábado (13). A missão permanente da Irã na Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o ataque foi uma "defesa legítima" após um bombardeio contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria, no dia 1º de abril.
“Compreendemos essas ameaças e já lidamos com elas no passado”, afirmou Daniel Hagari, porta-voz das forças armadas israelenses. Segundo informações da CNN, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que a ameaça sobre o espaço aéreo do país estava sendo monitorada.
O porta-voz informou que os serviços de GPS devem ficar indisponíveis em algumas regiões do país para que os militares possam lidar com a situação. “Estejam vigilantes e sigam as instruções do Comando da Frente Interna”, pediu Hagari à população.
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Mais cedo, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse, em comunicado, que Israel estava preparado para eventuais ataques do Irã. “Determinamos um princípio claro: quem nos ferir, também será ferido. Nos defenderemos contra qualquer ameaça e faremos isso com equilíbrio e determinação”, afirmou.
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, afirmou neste sábado que o “malicioso regime sionista” será punido. “O próprio malicioso, que é todo maldade, maldade e erro, acrescentou outro erro aos seus próprios erros ao lançar um ataque ao consulado iraniano na Síria”, disse.
Na última quarta-feira (10), ele já havia afirmado que Israel “deve ser punido e será”, pelo bombardeio à embaixada iraniana na Síria. Segundo a República Islâmica, conselheiros militares foram mortos nesse ataque.
A Casa Branca disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, iria se reunir com a equipe de segurança nacional ainda neste sábado para tratar sobre o ataque a Israel e que o apoio americano ao aliado é “inflexível”.
Ainda neste sábado, a Guarda Revolucionária Iraniana havia apreendido um navio de carga português no Estreito de Ormuz. A força militar alegou que ele estaria “ligado a Israel”.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, se manifestou nas redes sociais. Ele declarou que Teerã pratica pirataria e que, por isso, deveria ser alvo de sanções.