Filho de comissária morta no 11 de Setembro recebe carta escrita por ela 24 anos depois

O bilhete foi guardado por mais de duas décadas pela professora Tammy Thurman

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Redação producaodiario@svm.com.br
Homem sentado em um sofá cinza, segurando e lendo uma carta com expressão séria e concentrada. Ele veste uma camiseta preta com um logotipo branco e um short escuro. Ao lado dele, sobre o sofá, há um celular. Ao fundo, é possível ver parte de um ambiente doméstico com móveis e brinquedos infantis.
Legenda: Jevon Castrillo leu a carta deixada pela mãe mais de 20 anos após escrita.
Foto: Reprodução/Youtube

Cerca de 24 anos após ter sido redigida por Cee Cee Lyles, comissária de bordo que morreu nos atentados de 11 de setembro de 2001, uma carta foi entregue ao seu filho, Jevon Castrillo.

O bilhete, guardado por mais de duas décadas pela professora Tammy Thurman, foi entregue ao jovem em setembro de 2025, durante reportagem exibida pela emissora WPTV, em West Palm Beach, Flórida.

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Escrita pouco antes da tragédia, a mensagem celebrava uma pequena conquista de Jevon, então criança, ao terminar sozinho a leitura de um livro.

“Ontem à noite, Jevon leu um livro que trouxe da biblioteca. Ele o leu de capa a capa. Eu disse a ele que escreveria um bilhete para dizer o ótimo trabalho que ele fez”, escreveu a comissária.

Tammy Thurman, professora de Jevon na época, recebeu a carta poucos dias antes dos ataques de 11 de setembro e optou por preservá-la, mesmo após mudar de escola e perder o envelope original.

Em 2024, ao refletir sobre a importância emocional do bilhete, iniciou esforços para localizar Jevon e devolver-lhe a mensagem.

O reencontro com a carta ocorreu no ano seguinte, quando o jornalista Jon Shainman intermediou a entrega.

Jevon, agora com 27 anos e pai de um menino de três, leu as palavras da mãe diante das câmeras da WPTV. Emocionado, declarou: “Era exatamente algo que ela teria dito”, com a voz embargada.

11 de setembro

Cee Cee Lyles fazia parte da tripulação do voo 93 da United Airlines, sequestrado por terroristas da Al-Qaeda durante os ataques de 11 de setembro de 2001. O avião caiu em Shanksville, na Pensilvânia, após uma reação dos passageiros e tripulantes, que impediram que a aeronave atingisse alvos em Washington, como o Capitólio ou a Casa Branca.

Na ocasião, Lyles conseguiu fazer ligações ao marido, relatando a situação dentro da aeronave. Em Fort Pierce, cidade natal da comissária, há uma estátua em sua homenagem.

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