EUA e União Europeia fazem denúncia de envio de mísseis do Irã para a Rússia
Os países asseguraram estar 'preparados' para uma resposta com 'consequências significativas'
Os Estados Unidos e a União Europeia denunciaram, nesta segunda-feira (9), o envio de mísseis balísticos do Irã para a Rússia, e que essa transferência implicaria em uma "escalada dramática" no apoio de Teerã a Moscou na guerra na Ucrânia. Os países asseguraram estar "preparados" para uma resposta com "consequências significativas".
"Qualquer tipo de transferência de mísseis balísticos iranianos para a Rússia implicaria uma escalada dramática no apoio do Irã à guerra de agressão russa na Ucrânia", declarou à imprensa Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado americano.
"Fomos claros... estamos preparados para que haja consequências significativas", acrescentou.
Irã rejeita acusações
O Ministério das Relações Exteriores iraniano rejeitou as acusações dos países ocidentais de que Teerã havia fornecido armas à Rússia para a guerra na Ucrânia.
"Rejeitamos categoricamente as acusações de que o Irã participou da exportação de armas para uma das partes no conflito", disse o porta-voz do ministério, Naser Kanani, em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (9).
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Já a União Europeia afirmou que os aliados têm "informações confiáveis" sobre a entrega de mísseis balísticos do Irã à Rússia e alertou que imporia novas sanções a Teerã caso as hipóteses se confirmassem.
"A posição unânime dos líderes europeus sempre foi clara. A União Europeia responderá rapidamente, inclusive tomando novas medidas restritivas significativas contra o Irã", disse o porta-voz da diplomacia do bloco, Peter Stano.
Naser Kanani reafirmou a posição do Irã e declarou que o seu país não era uma "parte interessada" no conflito entre Rússia e Ucrânia. "Aqueles que acusam o Irã são eles próprios os maiores exportadores de armas para uma das partes em conflito", continuou o porta-voz.
Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, o Irã e a Rússia vêm estreitando relações nos setores econômico, energético e militar.