Covid na Coreia do Norte passa para 1 milhão de casos em menos de uma semana; entenda
O líder Kim Jong-un determinou "emergência máxima", com lockdowns e restrições de aglomeração em locais de trabalho
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, determinou que o exército auxilie na distribuição de remédios para a população, em meio a um surto de Covid-19 no país, que anunciou as primeiras mortes causadas pela doença na semana passada.
Segundo informações da BBC, mais de um milhão de pessoas contraíram a infecção, mas Pyongyang chama a doença de "febre" na imprensa estatal.
Veja também
Cerca de 50 pessoas morreram, mas não está claro se testaram positivo para o novo coronavírus. Por não possuir muitos testes para identificar a Covid-19, a Coreia do Norte registra poucos casos confirmados.
Conforme analistas ouvidos pela publicação, os norte-coreanos estão mais vulneráveis ao vírus devido à falta de vacinas e à precariedade do sistema de saúde do país, que está em lockdown.
A imprensa estatal informa que Kim Jong-un liderou uma reunião de emergência, durante o fim de semana, em que acusou as autoridades de saúde de atrapalhar a distribuição das reservas nacionais de medicamentos.
No sábado (14), o líder norte-coreano disse que o surto de Covid-19 que se espalha pela nação rapidamente é um "grande desastre".
"A propagação dessa epidemia maligna é [o maior] distúrbio a afetar nosso país desde sua fundação", declarou à agência de notícias oficial KCNA.
O gestor determinou "emergência máxima", com lockdowns e restrições de aglomeração em locais de trabalho.
Kim Jong-un ordenou que as "forças poderosas" do corpo médico do exército intervenham para "estabilizar imediatamente o fornecimento de medicamentos na cidade Pyongyang".
Coreia do Sul oferta ajuda
Rivais militares, a Coreia do Sul se ofereceu para enviar ajuda ao Norte, incluindo vacinas, profissionais de saúde e equipamentos médicos.
A comunidade internacional também ofertou milhões de doses da AstraZeneca fabricadas na China em 2021, mas Pyongyang disse que controlou a Covid ao fechar as fronteiras no início de janeiro de 2020.
A Coreia do Norte divide boa parte da fronteira terrestre com a China, que enfrentou grandes surtos da doença. Atualmente, a nação chinesa vive uma onda causada pela Ômicron que provocou lockdowns nas principais cidades.
Além do impacto na saúde, há temores de que a produção de alimentos da Careia do Norte, que já enfrenta problemas de abastecimento e fome desde os anos 1990, seja prejudicada. O Programa Mundial de Alimentos estipula que 11 milhões dos 25 milhões de habitantes do país estão subnutridos. Analistas acreditam que, caso os agricultores não possam cuidar das plantações, as consequências para o território norte-coreano serão extremamente sérias.
Antes de ir, que tal se atualizar com as notícias mais importantes do dia? Acesse o Telegram do DN e acompanhe o que está acontecendo no Brasil e no mundo com apenas um clique: https://t.me/diario_do_nordeste