Conflito entre Rússia e Ucrânia completa uma semana nesta quarta-feira (2); acompanhe em tempo real
Desde terça-feira, a exigência de vistos para ingressar no país do leste europeu está suspensa para quem quiser ajudar na guerra

Os conflitos no leste europeu completaram uma semana, nesta quarta-feira (2), na Ucrânia. A invasão da Rússia no país ocorreu na madrugada da última quinta-feira (24), e cidades como Kiev viraram cenário de destruição. Até o momento, estima-se que mais de 500 mil pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos.
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Desde terça-feira (1), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, abriu as fronteiras para quem quiser ajudar na guerra. Assim, a exigência de vistos para ingressar no país do leste europeu está suspensa temporariamente.
Em meio ao conflito, a Embaixada do Brasil chegou a recomendar que cidadãos brasileiros localizados em Kiev, capital da Ucrânia, deixassem a cidade com urgência na terça-feira (1). A instituição tem publicado no grupo do Telegram informações sobre horários de trens em funcionamento.
O Diário do Nordeste traz a cobertura em tempo real dos acontecimentos mais importantes que desenham esse período dramático da história global.
Acompanhe em tempo real
Guerra na Ucrânia danificou pelo menos 53 locais culturais, diz Unesco
A guerra na Ucrânia até agora danificou pelo menos 53 locais culturais naquele país, incluindo 29 templos, 16 edifícios históricos, quatro museus e muitos outros monumentos, anunciou a Unesco nesta sexta-feira (1º), especificando que o balanço não é conclusivo.
Um porta-voz da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) disse que esta avaliação inicial se baseava em imagens de satélite, além de testemunhos recolhidos no terreno.
Governo ucraniano envia 45 ônibus para nova tentativa de retirar civis em Mariupol
A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereshchuk, afirmou ter enviado 45 ônibus nesta quinta-feira (31) para retirar civis da cidade cercada de Mariupol, sudeste do país.
Rússia destrói 64 alvos na Ucrânia em 24 horas
Rússia anuncia cessar-fogo local em Mariupol nesta quinta-feira para retirada de civis
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou que vai instaurar um "regime de silêncio", ou seja, um cessar-fogo local, a partir das 10h (4h em Brasília) de quinta-feira (31), na sitiada cidade portuária ucraniana de Mariupol, para evacuar civis.
Segundo a fonte, esta medida deve facilitar a abertura de um corredor humanitário para a cidade ucraniana de Zaporizhzhia.
"Para que esta operação humanitária tenha sucesso, propomos realizá-la com a participação direta de representantes do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)", acrescentou o ministério no comunicado.
Bombardeios russos provocam dúvida sobre desescalada do conflito na Ucrânia
A Rússia afirmou que não vê nada de "promissor" nas negociações de paz com a Ucrânia, que a acusou de bombardear a cidade de Chernihiv e um centro da Cruz Vermelha em Mariupol.
"Os ocupantes bombardearam deliberadamente um prédio do CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) em Mariupol", acusou Liudmila Denisova, chefe de direitos humanos do Parlamento ucraniano, sem apresentar relatórios sobre possíveis vítimas.
"No momento, não podemos informar nada muito promissor ou um avanço. Há muito trabalho por fazer", declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
Dúvidas sobre a Ucrânia fazem disparar preços do petróleo
Os preços do petróleo voltaram a disparar na última quarta-feira (30) em um mercado que duvida de uma resolução iminente na Ucrânia e está inquieto com a oferta mundial insuficiente.
O barril de Brent para maio subiu 2,92% e fechou a 113,45 dólares em Londres, enquanto no mercado nova-iorquino o WTI, também em contratos para maio, aumentou 3,43% para 107,82 dólares.
EUA dizem que Putin está mal informado e distante do Estado-Maior
A Casa Branca apontou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está mal informado sobre o desenvolvimento da guerra na Ucrânia, e suas relações com seu Estado-Maior se deterioraram, com base em relatórios desclassificados de inteligência na última quarta-feira (30).
"Temos informações de que Putin acredita que o Exército russo o enganou, o que tem provocado uma tensão contínua com seu estado-maior", afirmou a diretora de Comunicação da presidência americana, Kate Bedingfield, durante uma coletiva de imprensa.
Em conversa com Zelensky, Biden anuncia mais US$ 500 milhões para Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira (30) ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que o governo americano dará ao ucraniano mais US$ 500 milhões (R$ 2,37 bilhões) em ajuda, segundo anunciou a Casa Branca, por meio de comunicado. A informação é da agência EFE.
Não foram divulgadas informações se esse dinheiro terá fins humanitário ou chegará em forma de ajuda militar.
De acordo com a Casa Branca, os dois presidentes conversaram por telefone por cerca de uma hora, entre às 14h08 e 15h03 (pelo horário de Brasília).
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Cidade ucraniana de Chernihiv bombardeada toda a noite apesar das promessas russas
A cidade de Chernihiv, norte da Ucrânia, foi alvo de bombardeios durante "toda a noite", afirmou o governador da região, apesar do anúncio da Rússia sobre uma redução da atividade militar.
"Chernihiv foi bombardeada toda a noite com artilharia e aviões", afirmou no Telegram o governador Viacheslav Chaus, que mencionou a destruição de infraestruturas civis e destacou que a cidade continua sem água e energia elétrica.
A cidade, que tinha 280 mil habitantes antes da guerra, está "sem comunicação e não conseguimos mais repará-las", acrescentou o governador, que também citou ataques contra Nizhyn, na mesma região.
A Rússia prometeu na terça-feira reduzir "radicalmente" as operações militares nas regiões de Kiev e Chernihiv, após negociações entre os dois países, consideradas "substanciais", em Istambul.
"A situação não muda, Chernihiv é alvo de bombardeios de artilharia e aéreos", afirmou Chaus.
Número de refugiados ucranianos supera 4 milhões, diz ONU
O número de refugiados ucranianos que fugiram da guerra desde o início da invasão russa superou a marca de quatro milhões, segundo o balanço atualizado divulgado pela ONU nesta quarta-feira (30).
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) informou que 4.019.287 ucranianos atravessaram as fronteiras do país desde o início da invasão, em 2 de fevereiro.
Mais da metade buscou refúgio na Polônia, que recebeu mais de 2,3 milhões de pessoas até o momento.
Rússia promete desescalada na Ucrânia, mas Ocidente pede que não se baixe a guarda
A Rússia se comprometeu na última terça-feira (29) com uma desescalada em torno das cidades de Kiev e Chernihiv na Ucrânia, que viu sinais "positivos" na última reunião de negociação, mas as potências ocidentais pediram para não baixar a guarda até verificar que Moscou está cumprindo com sua palavra.
Os anúncios russos foram recebidos com ceticismo e receio pelas potências ocidentais, que após a invasão impuseram um arsenal de sanções econômicas à Rússia. Zelensky, por sua vez, pediu a esses países que mantenham a pressão "até que a guerra tenha acabado".
Em uma conversa telefônica, os chefes de Estado e de governo do Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha e Itália pediram a seus aliados para não baixar a guarda.
Rússia é acusada na ONU de provocar uma 'crise alimentar mundial'
A Rússia foi acusada na ONU de causar uma "crise alimentar mundial" que poderia levar a uma situação de "fome" ao atacar a Ucrânia e desencadear uma guerra entre duas potências produtoras de grãos.
"O presidente russo, Vladimir Putin, começou esta guerra. Ele criou esta crise alimentar mundial e é ele quem pode pará-la", disse Wendy Sherman, a número 2 da diplomacia dos Estados Unidos, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Em uma sessão dedicada à situação humanitária na Ucrânia, Sherman afirmou que "somente a Rússia e o presidente Putin têm a responsabilidade pela guerra na Ucrânia e as consequências dessa guerra na segurança alimentar mundial".
O embaixador da França na ONU, Nicolas de Rivière, argumentou que "a agressão da Rússia contra a Ucrânia aumenta o risco de fome no mundo".
Sobe para 12 número de mortos em ataque a prédio oficial em Mykolaiv
O governador de Mykolaiv, Vitaliy Kim, elevou para 12 o número de mortos nesta terça-feira (29) no ataque russo ao prédio da sede da administração regional desta cidade localizada no sul da Ucrânia, no qual outras 34 pessoas ficaram feridas.
O ataque foi por volta das 8h30 (hora local) por um míssil lançado pelo Exército russo da península da Crimeia, de acordo com o Serviço Estatal de Emergências ucraniano (SES).
No bombardeio de Mykolaiv "pelos invasores russos, um dos projéteis atingiu o prédio administrativo de nove andares da administração regional", explicou o SES. As informações são da agência EFE.
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Rússia não restringirá vistos para cidadãos comuns de "países hostis"
Os cidadãos comuns não serão afetados pelas restrições de visto que a Rússia planeja impor a certos "países hostis" em retaliação por medidas semelhantes tomadas contra eles pela campanha militar russa na Ucrânia, informou nesta terça-feira (29) a porta-voz das Relações Exteriores, Maria Zakharova.
"Apesar das tentativas do Ocidente de obstruir contatos, as relações humanitárias, culturais e comerciais, o lado russo não tem qualquer intenção de atacar os europeus comuns", disse ela em uma entrevista coletiva.
As informações são da agência EFE.
Países europeus expulsam diplomatas russos
Países da União Europeia como Bélgica, Holanda, Irlanda e República Tcheca anunciaram nesta terça-feira (29) a expulsão de dezenas de diplomatas russos suspeitos de espionagem, em uma ação coordenada no contexto da guerra russa na Ucrânia. As informações são da AFP.
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Foto: Bullent Kilic/AFP
Guerra já matou cinco jornalistas, segundo Repórteres Sem Fronteiras
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) informou nesta terça-feira (29) que cinco jornalistas morreram na Ucrânia e nove ficaram feridos a tiro desde o início da invasão russa ao País, em 24 de fevereiro.
"Atacar jornalistas é um crime de guerra de acordo com o direito internacional. Pedimos às autoridades russas e ucranianas para que garantam a segurança no terreno", disse Jeanne Cavelier, diretora regional para a Europa Oriental e Ásia Central, que denunciou as pressões sobre os jornalistas.
As informações são da agência EFE.