Com aposta em 'drones caçadores', Ucrânia lança ofensiva contra a Rússia após bombardeio histórico
Guerra entre os dois países no leste europeu já passa dos três anos

Entre esta sexta-feira (4) e o início deste sábado (5), a Ucrânia sofreu o maior bombardeio do conflito com a Rússia. Ele incluiu uma onda de drones e mísseis contra Kiev deixando pelo menos dois mortos. Em resposta, o Governo ucraniano afirma ter bombardeado um depósito de bombas planadoras e uma aeronave de treinamento.
“A base abriga aeronaves inimigas Su-34, Su-35S e Su-30SM”, e “provavelmente (outras aeronaves) também foram atingidas”, disse a Ucrânia. O ataque não foi confirmado pela Rússia, mas lançou 322 drones contra o território ucraniano. As informações são do g1.
Somente nos 20 primeiros dias de junho, a Rússia lançou cerca de 3,7 mil drones contra a Ucrânia, intensificando os ataques que giravam em torno de 600 por mês há um ano. Dessa forma, o Governo ucraniano está optando pelo uso dos drones caçadores ou interceptadores.
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São equipamentos de atuação estratégica, focados em deter os drones russos quando eles estão descendo da alta altitude em que voam em direção ao território ucraniano, abaixo de 1 mil metros de altura.
“Se todos os grupos de defesa aérea tivessem drones interceptadores e pudéssemos usá-los para destruir inimigos, já teríamos algo como 'Guerra nas Estrelas'”, declara Roman Shemechko, cofundador da Besomar, que produz drones para a Ucrânia.
Os bombardeios ucranianos feitos são focados sobretudo em cidades na porção europeia da Rússia, como Murmansk, Ivanovo e Ryazan, além de Irkusk, na região da Sibéria.
Escalada após ligação entre Putin e Trump
A intensidade dos ataques já era esperada pelo governo ucraniano nesta sexta-feira, principalmente após a ligação feita entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump. Kiev emitiu um alerta antiaéreo para todo o País.
“Mais uma vez, a Rússia demonstra que não tem intenção de terminar com a guerra e com o terror. Sem pressão em larga escala, a Rússia não mudará o seu comportamento estúpido e destrutivo”, afirmou Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia.
Nesta sexta-feira, o bombardeio russo ao território ucraniano foi o maior desde o início do conflito, em fevereiro de 2022. Os ataques, principalmente por ar, têm focado no uso de drones contra a Ucrânia.