Argentina registra queda de 5,1% no PIB do primeiro trimestre de 2024
Informações foram divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec) na segunda (24)
O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina recuou 5,1% em termos anuais no primeiro trimestre, e 2,6% em relação ao último trimestre do ano passado. As informações são do Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec) e foram divulgadas nessa segunda-feira (24).
O setor da construção, com queda de 19,7%, foi o mais afetado na comparação ano a ano, seguido pela indústria manufatureira, com contração de 13,7%, e as atividades de intermediação financeira, que recuaram 13%.
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Javier Milei, presidente da Argentina, fez discurso na República Tcheca, a última parada de sua viagem pela Europa, enaltecendo o próprio governo por realizar "o maior ajuste fiscal não só da história argentina, mas também da humanidade" e por estar "devolvendo 15 pontos do PIB ao setor privado".
O economista ultraliberal assumiu em dezembro de 2023 e, desde então, aplicou um ajuste dos gastos estatais com grandes cortes em obras públicas, diminuição e eliminação de órgãos estatais, suspensão do financiamento às províncias, demissão de milhares de funcionários públicos, desregulamentação de preços e eliminação dos subsídios, em um país cuja metade da população está abaixo da linha da pobreza.
O único aumento registrado pelo Indec foi nas exportações, que marcaram 26,1% de crescimento em 12 meses, e 11,1% em relação ao trimestre anterior.
Desemprego na Argentina
Paralelamente, o instituto de estatística também divulgou o desemprego, que alcançou 7,7% da população economicamente ativa no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.
Ao observar setores específicos para a população de 14 anos ou mais, considerada a idade de trabalho, a taxa de desocupação foi de 8,4% para as mulheres e de 7% para os homens.
Além disso, a inflação na segunda maior economia da América do Sul alcançou 71,9% nos primeiros cinco meses de 2024 e 276,4% em 12 meses, níveis inéditos em três décadas, segundo os últimos números oficiais.