Saiba o que é pistache, qual o gosto, a origem e os benefícios
Presente em diversas formas de doces, pistache virou febre no Brasil nos últimos dois anos
O pistache é uma oleaginosa assim como as amêndoas, nozes e castanhas. Também conhecido como pistachio, o fruto é oriundo das árvores da família Anacardiaceae, do gênero Pistacea, originária do Oriente Médio e da Ásia Central.
Até pouco tempo atrás, quem pretendia comer o ingrediente precisava estar disposto a fazer uma vasta procura para encontrá-lo. Agora, no entanto, o item se tornou uma presença marcante na culinária brasileira, passando a ser usado em tortas, bolos, ovos de páscoa, chocolates e até em pratos salgados.
A popularização da iguaria começou de forma discreta. No início, apenas sorveterias estrangeiras comercializavam gelatos servidos com uma camada de grãos de pistache moídos por cima. Aos poucos, outros estabelecimentos foram investindo na fórmula, como docerias e restaurantes. Logo, o acesso ao produto foi ampliado, passando a ser importado em maiores quantidades.
O pistachio, inclusive, tem uma data comemorativo: 26 de fevereiro é o Dia Mundial do Pistache.
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Qual a origem do pistache?
De acordo com um artigo publicado na National Geographic Espanha, o pistache tem origem no Oriente Médio, especialmente no Irã, um dos maiores produtores históricos.
Segundo a Oxford Academic, o fruto foi amplamente cultivado no antigo Império Persa, e há uma lenda que diz que a Rainha de Sabá decretou o pistache como exclusivo da realeza.
Hoje, a produção de pistache se expandiu para países como Austrália, México, Espanha e Estados Unidos, com o Irã e a Califórnia sendo os maiores produtores mundiais.
Qual o sabor do pistache?
A nutricionista e engenheira de alimentos Juliana Nogueira* pondera que o sabor do pistache pode ser descrito como diferenciado, sendo levemente adocicado, com um toque de sal e um fundo amargo, além de um aroma agradável.
Há quem assemelhe o sabor ao pistachio a uma mistura de amendoim, avelã e menta.
Popularidade do pistache no Brasil
O pistache teve seu “boom” no Brasil quando se tornou um dos sabores de sorvete mais procurados e não demorou para que ele estivesse presente em outras receitas. Agora, é possível encontrar o pistachio na forma de pasta, ganache, ovos de páscoa e até mesmo panetone.
Em 2023, o pistache atingiu a marca de US$ 8,8 milhões em importações no Brasil em 2023, equivalentes a 608 toneladas, e teve um crescimento de 97% em relação a 2022. Os dados são de estudo realizado pela Vixtra, fintech de comércio exterior, com base em dados disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior, e compreendem as últimas duas décadas, a partir de 2003.
Benefícios para a saúde
Para além de uma sobremesa, o pistache é uma oleaginosa que oferece muitos benefícios a saúde e, por isso, vem sendo ainda mais procurada pelos brasileiros. Conforme Juliana Nogueira, visando mudar o quadro de obesidade e adequar a alimentação apropriada para pessoas com doenças crônicas (principalmente as cardiovasculares), algumas sementes oleaginosas vem sendo estudadas por serem ricas fontes de diversos nutrientes.
O pistache é rico em nutrientes como ácidos graxos, potássio, magnésio, vitamina K e vários tipos de fitoquímicos (compostos químicos vindos de plantas). E entre todas as nozes, o pistache é a que possui os níveis mais altos de potássio, segundo Juliana.
Dentre os benefícios, o consumo de oleaginosas está diretamente relacionado à prevenção e redução do risco em doenças cardiovasculares. Ele auxilia no controle da diabetes e a promover a perda de peso, além de contribuir para a saúde do cérebro.
Qual a forma correta de consumir?
Juliana afirma que o pistache pode ser consumido natural ou torrado como aperitivo. Além de ser usado em várias receitas culinárias como sorvetes, bolos e saladas.
Embora muitas pessoas prefiram a versão torrada, a versão crua mantém todos os seus nutrientes de forma mais natural.
Por ser uma oleaginosa calórica, com cerca de 562 calorias a cada 100g, é importante consumir com moderação para não prejudicar a saúde e evitar calorias excessivas à dieta.
*Juliana Nogueira é engenheira de alimentos e nutricionista - CRN 11 13051