Anvisa considera limite atual de ingestão de aspartame seguro; entenda
OMS incluiu o adoçante no grupo de substâncias possivelmente cancerígenas
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta sexta-feira (14), não haver alterações em relação ao perfil de segurança do adoçante aspartame quando ingerido dentro do limite diário de 40 mg por kg de peso corporal, quantidade considerada segura pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Na quinta-feira (13), a OMS incluiu o adoçante no grupo de substâncias possivelmente cancerígenas, em uma classificação feita pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), braço da Organização.
O aspartame está presente em boa parte dos refrigerantes, chicletes, gelatinas, sorvetes, iogurtes e cereais, e pode ser encontrado também em pastas de dente e vitaminas mastigáveis.
A decisão da OMS também levou em conta o parecer do Comitê Misto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA), que aponta que não há evidências o suficiente sobre os efeitos adversos do adoçante.
Os dois órgãos apontaram, no entanto, que as provas para o desenvolvimento de câncer ainda são limitadas, ressaltando a necessidade de mais estudos.
O que diz a Anvisa
Em nota, a Anvisa disse que as avaliações de segurança que realiza para autorizar o uso de edulcorantes no Brasil são realizadas "com base nas diretrizes do FAO e da OMS, que se mantiveram as mesmas".
"Até o momento, não há alteração do perfil de segurança para o consumo do aspartame, de modo que a Anvisa seguirá acompanhando atentamente os avanços da ciência a respeito do tema. Ademais, é importante ter em conta que, não há novas recomendações aprovadas pela OMS", diz a agência.
Apesar disso, a Anvisa afirma que o adoçante vem sendo objeto de extensa investigação, incluindo estudos experimentais, pesquisas clínicas, estudos epidemiológicos e de exposição e vigilância pós-mercado.
"Existe um consenso entre diversos comitês internacionais considerando o aspartame seguro, quando consumido dentro da ingestão diária aceitável", destaca a publicação.