Alfavaca: o que é, para que serve e como fazer o chá
Erva medicinal é usada como tempero e no preparo de bebidas desintoxicantes
Erva medicinal nativa da África e da Ásia Tropical, a alfavaca é muito utilizada na culinária de diversos países e bastante confundida com o manjericão por fazerem parte da mesma família (Lamiaceae).
Trata-se de uma planta herbácea, com caule bem ramificado, folhas opostas de cor verde-brilhante, e flores pequenas e brancas nas extremidades das ramificações.
Por sua propriedade aromática e digestiva, a alfavaca é bastante usada como tempero de alimentos. Além disso, possui características terapêuticas, sendo indicada para o preparo de bebidas desintoxicantes.
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Tipos de alfavaca
Segundo a nutricionista Fabiana Fontes*, existem dois tipos da planta: o basílico italiano, também conhecido como basilicão, que chega a cerca de 50 cm de altura.
O outro tipo, conforme destaca a profissional, é conhecido também como manjericão-doce, sendo a espécie mais difundida no Brasil.
Diferença para o manjericão
A alfavaca ou manjericão-doce, conforme a nutricionista, tem folhas macias, foscas, largas e serrilhadas, com flores brancas muito miúdas em cachos no topo da planta. Seu aroma é intenso, com sabor e com toque cítrico delicado.
Já o basílico (Ocimun basilicum), também conhecido como manjericão verdadeiro ou apenas manjericão, tem folhas brilhantes, arredondadas e miúdas. As margens são onduladas e com nervuras salientes. Flores brancas aparecem na base das folhas. Possui aroma intenso, de sabor amargo e com notas de cravo.
Para que serve
Conforme Fabiana Fontes, a erva contém diversas substâncias importantes à saúde, entre elas, a vitamina K, vitamina C, vitamina B9, vitamina A, compostos antioxidantes, além de diversos minerais, como o ferro e o cobre. Diante disso, a nutricionista destaca muitos benefícios.
A alfavaca auxilia na prevenção do câncer, já que seu consumo "beneficia a atividade dos antioxidantes no nosso organismo, o que faz com que ela aja de forma que os riscos das nossas células se tornarem cancerígenas sejam diminuídos significativamente", explica Fontes.
A saúde do coração também agradece o consumo da planta. Isso porque as sementes podem diminuir o teor de colesterol ruim da corrente sanguínea (LDL). Por conter potássio, acaba tendo objetivo hipotensor. A alfavaca ainda relaxa a tensão dos vasos sanguíneos e das artérias, reduzindo a pressão arterial, diminuindo, assim, as chances de derrame cerebral e ataque cardíaco.
Controle do açúcar no sangue
Os óleos contidos na alfavaca ajudam o pâncreas a produzir de forma mais correta e eficaz a insulina, controlando os níveis de glicose do sangue.
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Anti-inflamatório e antioxidante
Os extratos da planta também agem como anti-inflamatórios capazes de reduzir inflamações e inchaços em determinados tratamentos de doenças.
Os antioxidantes da alfavaca, ainda segundo Fabiana Fontes, auxiliam na prevenção de fatores que causam o envelhecimento aparente da pele.
Saúde do cérebro
A alfavaca atrasa a degradação do cérebro, pois contém manganês, responsável por impulsionar e melhorar o funcionamento de seus transmissores. As funções cerebrais ainda são beneficiadas e a mente estimulada por conter cobre.
Por ter óleos que inibem o crescimento e a permanência de bactérias nocivas, explica a nutricionista, a alfavaca age como uma valiosa planta antibacteriana.
Como usar a alfavaca
Ainda conforme Fabiana Fontes, a planta pode ser usada como chá, em formato de oléos essenciais, e para inalação. E as folhinhas de alfavaca podem ser comidas para melhorar a tosse e a saúde da garganta.
"A alfavaca é uma planta extremamente acessível e muito fácil de se preparar e consumir. Poucas folhas já são o bastante para fazer um chá repleto de benefícios dessa planta medicinal para a nossa saúde", destaca a especialista.
Como preparar o chá
Para o chá, detalha ela, basta aquecer água e, fora do fogo, acrescentar aproximadamente cinco folhas de alfavaca. Depois, deixe infusionar por cerca de 10 minutos, retire as folhas e beba.
Contraindicações
O uso da alfavaca não deve ser considerado para gestantes e mulheres que estejam amamentando, em razão do potencial aumento do fluxo sanguíneo. Também deve ser usada com cautela em pessoas diabéticas.
*Fabiana Fontes é nutricionista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em Gestão de Negócios em Alimentação, especialista em Nutrição Esportiva pela UFRJ e especialista em Nutrição Estética pelo IGPS. Além disso, é pós-graduanda em Materno Infantil (VP).