Policial militar mata jovem de 19 anos na delegacia de Camocim após discussão em festa

O policial foi preso em flagrante e deve ser investigado, também, pela CGD

Escrito por Redação ,
Homem de 19 anos vítima de homicídio em delegacia de Camocim. Está vestido com uma camiseta regata azul e preta e segurando um copo de cerveja em uma das mãos. Usa aparelho nos dentes e tem um risco na sobrancelha.
Legenda: Mateus Silva Cruz tinha 19 anos e foi assassinado a tiros por um policial militar dentro da Delegacia Regional de Camocim.
Foto: Arquivo pessoal

Um policial militar assassinou a tiros um jovem de 19 anos dentro da Delegacia Regional de Camocim. O caso aconteceu neste domingo (6), por volta das três horas da madrugada.  

O policial foi preso em flagrante por homicídio e está à disposição da Justiça. Ele também vai ser investigado pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), que informou, em nota, ter determinado “imediata instauração de processo disciplinar para a devida apuração do fato na seara administrativa”. 

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Desentendimento em festa 

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o policial, identificado como George Tarick de Vasconcelos Pereira, 33, e a vítima, identificada como Mateus Silva Cruz, foram levados à delegacia de madrugada após se desentenderem em uma festa na praia de Camocim.

"Uma composição da Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência que envolvia o policial. Eles foram conduzidos para a Delegacia de Camocim. No local, enquanto aguardavam o procedimento, o militar atirou contra o homem, que não resistiu aos ferimentos e morreu", disse, em nota, a SSPDS.

O Diário do Nordeste teve acesso ao inquérito policial sobre o caso. O relatório conta que os envolvidos na discussão estavam sentados num banco de um corredor externo da delegacia, aguardando atendimento, quando o policial sacou sua pistola funcional e efetuou diversos disparos contra a vítima, que morreu instantaneamente.

Os outros policiais que testemunharam o assassinato disseram que, depois disso, o autor do crime entregou a pistola e se rendeu.

Segundo a família informou à reportagem, a vítima estava algemada quando foi assassinada. A informação, porém, não consta na nota da SSPDS e nem no inquérito.

 

 

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