Operação do MPE investiga compra de votos em Pacujá

Operação cumpre mandados de buscas e apreensões nas residências de candidatos

Escrito por Redação ,
Legenda: MPE apura a ocorrência dos crimes retenção de título contra a vontade de eleitor, corrupção ativa, descumprimento de normas sanitárias e organização criminosa
Foto: Ministério Público Eleitoral

O Ministério Público Eleitoral (MPE) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (9), a Operação Sufrágio II, no município de Pacujá, a 309 km de Fortaleza. Segundo o MPE, a operação é um desdobramento da Operação Mensalinho, realizada no último dia 27 de outubro.

A operação cumpre mandados de busca e apreensão nas residências de candidatos a prefeito, vice, vereadores do município e seus apoiadores, segundo o MPE.

As informações colhidas pelo órgão revelam a existência de um esquema de compra de votos em troca de vários benefícios aos eleitores, tais como a compra de passagens aéreas, entrega de materiais de construção, depósito de valores, entrega de dinheiro em espécie, pagamentos de exames médicos, dentre outros. 

A operação é originária de um procedimento preparatório eleitoral (PPE) que tramita na Promotoria Eleitoral da 79ª Zona e apura a ocorrência dos crimes retenção de título contra a vontade de eleitor, corrupção ativa, descumprimento de normas sanitárias e organização criminosa.  

Operação do MP em Pacujá localiza lista com nome de eleitores, dinheiro e vales-combustível

Segundo o MPE, entre os investigados estão os candidatos as Prefeito de Pacujá, Raimundo Rodrigues de Sousa Filho e Elisângela Nirlane Freire. O Diário do Nordeste entrou em contato com os dois candidatos mas as ligações não foram atendidas.

O MPE ressalta ainda que os investigados se utilizavam de uma verdadeira “central de passagens aéreas” criada com a finalidade de captação ilícita de sufrágio.

Envolvimento de policiais militares

As investigações apontam ainda provas que revelam a participação de agentes de segurança da Polícia Militar que agiram juntos com os investigados, possibilitando a ocorrência de diversos outros crimes, os quais estão sendo apurados. 

O MPE investiga ainda áudios e diversos diálogos via aplicativo WhatsApp, bem como imagens de documentos pessoais de eleitores encontrados nos aparelhos celulares de dois vereadores vereadores, os quais mantiveram contato com os demais investigados, organizando e executando os crimes eleitorais, fruto desta investigação. 

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