Mulher que impediu agressões após atirar para cima é escrivã da Polícia Civil
Agente passava pelo local e interrompeu ataque a dois torcedores que estavam indo ao Clássico-Rei
A mulher flagrada atirando para cima e dispersando torcedores do Fortaleza que agrediam um homem e seu filho, de 15 anos, que estavam vestidos com camisas do Ceará, foi identificada como uma escrivã da Polícia Civil. O caso aconteceu na Avenida Silas Munguba, no último sábado (3), antes do Clássico-Rei, na Arena Castelão.
Moradores de um prédio registraram o momento em que o grupo de torcedores derruba as vítimas de uma motocicleta e arrasta os dois pela pista. Os agressores seguiam em grupo juntamente com pessoas uniformizadas com camisas do Fortaleza. As agressões só pararam quando a policial civil interveio.
O pai do adolescente disse à reportagem que estava indo ao estádio pela Avenida Silas Munguba por não saber que o trajeto das torcidas havia mudado. Ele relata ter ouvido gritos para parar a moto pouco antes de ser atacado.
O homem contou que teve a moto derrubada e se desesperou ao ver o filho cair do veículo e ser arrastado pelos agressores. “Larguei a moto e fui tentar socorrer meu filho. Foi quando a mulher apareceu”, relata. Após o incidente, pai e filho desistiram de ir ao jogo e voltaram para casa. "O meu filho está muito abalado", afirma.
Identidade preservada
A mulher que salvou pai e filho das agressões, segundo a Polícia Civil, é uma escrivã que estava de folga e trafegava pela Av. Silas Munguba, no bairro Serrinha, quando avistou o grupo agredindo pai e filho. Para dispersar os ataques, ela, que teve a identidade preservada, realizou alguns disparos para cima.
Os agressores fugiram e ninguém foi preso, mas a Polícia Civil informou que a ocorrência dos disparos foi registrada. Para que as investigações continuem no sentido de identificar e localizar os agressores, no entanto, é preciso que as vítimas registrem o caso, o que ainda não foi feito.