CGD investiga conduta de tenente-coronel da PMCE em ação que terminou com dois mortos em Fortaleza

Oficial da Polícia Militar afirmou que foi ao local comprar um medicamento. As duas pessoas teriam sido mortas em uma suposta troca de tiros

Escrito por Redação ,
Celulares, armas, munições e drogas
Legenda: Celulares, armas, munições e drogas foram apreendidos durante ação
Foto: Reprodução

A conduta de um tenente-coronel da Polícia Militar do Ceará (PMCE), em uma ocorrência que terminou com duas pessoas mortas, no bairro Paupina, em Fortaleza, na última quinta-feira (16), é investigada pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD).

"A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) instaurou procedimento investigativo disciplinar para apurar os fatos no âmbito administrativo", informou o Órgão, em nota enviada à reportagem nesta sexta-feira (17).

Uma mulher e um homem foram mortos, na tarde da última quinta(16), no Condomínio Raquel de Queiroz, durante uma suposta troca de tiros entre suspeitos e um agente da Polícia Militar.

Conforme apurado pelo Diário do Nordeste, o tenente-coronel relatou à Polícia que foi ao residencial buscar um medicamento, com uma representante farmacêutica, quando foi abordado por cerca de cinco suspeitos, que teriam desconfiado do policial militar. 

Na versão do PM, ele teve o carro apedrejado pelo grupo e correu para uma rua, onde se escondeu dentro de uma casa que estava com o portão aberto. Ao entrar no local, ele teria pedido apoio de policiais militares em serviço. Foi quando ocorreu uma suposta troca de tiros. A mulher dona da casa foi baleada e morreu no local.

A outra pessoa morta seria um homem que integraria o grupo que teria atacado o policial militar. Segundo o tenente-coronel, três homens teriam apontado armas de fogo contra ele, o que o obrigou a atirar.

Um familiar do homem morto afirmou à reportagem que ele tinha envolvimento com "coisas erradas". Porém, ele disse que não houve troca de tiros e que a polícia teria "chegado atirando". 

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O tenente-coronel recebeu apoio de policiais militares que estavam de serviço nas imediações, e também de uma composição policial que atuava em um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), que estava próximo do local.

A intervenção policial terminou com a prisão de três suspeitos e a apreensão de duas armas de fogo, 300 munições e quantidades de maconha e cocaína apreendidas, além de aparelhos celulares. A ocorrência foi levada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Ceará (PCCE), que investigará criminalmente a ocorrência.

A Polícia Militar do Ceará emitiu nota à imprensa em que endossa a versão do tenente-coronel: "o oficial estava em seu veículo quando percebeu indivíduos se aproximando, formando um cerco em volta do carro. O policial desceu do veículo, conseguiu se abrigar em um apartamento e solicitou apoio. Os indivíduos, com armas de fogo em punho, derrubaram a porta e efetuaram disparos contra o militar".

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