Camilo determina investigação e afastamento de PMs das ruas após morte de adolescente em Chorozinho

Mizael Fernandes da Silva, de 13 anos foi morto a tiros durante uma abordagem policial ocorrida na madrugada da quarta-feira (1º); família fala em invasão e policiais dizem ter visto adolescente armado

Escrito por Redação ,
Legenda: Comerciantes mantiveram portas fechadas por três dias após morte de adolescente
Foto: Foto: Rafaela Duarte

Após a morte de Mizael Fernandes da Silva, de 13 anos, por intervenção policial em Chorozinho, na Região Metropolitana de Fortaleza, o governador Camilo Santana determinou uma investigação rigorosa sobre o caso. Ele garantiu ainda que os policiais envolvidos devem ser afastados das ruas durante o proceso de apuração. O crime aconteceu na madrugada de quarta-feira (1º).

“Logo após tomar conhecimento desse fato, determinei imediata, rigorosa e isenta investigação. A Controladoria Geral de Disciplina, órgão independente, abriu sindicância e o comando da Polícia Militar está instaurando um IPM [Inquérito Policial Militar], inclusive com os policiais sendo afastados das ruas durante o processo. Não tenha dúvida que a família e a sociedade terão uma resposta", disse.

O assassinato do jovem causou tensão na cidade com fechamento de comércios e um protesto que fechou por mais de uma hora um trecho da BR-116. Moradores queimaram pneus e madeira e exibiram cartazes pedindo justiça. Os estabelecimentos comerciais reabriram três dias depois da morte do adolescente.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, Mizael não tinha antecedentes criminais. A Delegacia Municipal de Chorozinho é responsável pela investigação do caso. Um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias do homicídio. 

Família relata invasão e PMs falam em arma 

A família da vítima afirmou que os policiais militares invadiram a residência durante a madrugada procurando pelo rapaz. Eles foram informados por parentes que o menino dormia no quarto e foram até o cômodo. Após isso, ouviram-se os tiros. Já os polciais afirmaram que ele estava armado e não obedeceu a ordem para soltar o objeto e por isso foi necessário realizar os disparos. Ele ainda foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. 

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