Cearense que lidera facção criminosa na Guiana Francesa é alvo de megaoperação do Ministério Público

Mais de 400 mandados judiciais são cumpridos em 14 estados do Brasil

O Ministério Público do Ceará (MPCE) deflagrou uma operação, nesta quarta-feira (10), para prender preventivamente um cearense apontado como líder de uma facção criminosa na Guiana Francesa (território na América do Sul que pertence à França) e outras sete pessoas.

A Operação Sintonia ocorre em 14 estados do Brasil simultaneamente: Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O objetivo do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), do Ministério Público, é cumprir 208 mandados de prisão e 200 mandados de busca e apreensão.

37
promotores de Justiça dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECOs) dos 14 estados e 998 policiais militares e civis participam da Operação.

Segundo o MPCE, "as investigações no Ceará começaram a partir do compartilhamento de provas encaminhadas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), quando foi deflagrada a Operação Solis, em 2021. À época, a operação prendeu suspeitos de integrar facção que atua dentro e fora dos presídios, praticando tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros delitos".

Após a análise do conteúdo dos aparelhos de telefonia celular apreendidos, notadamente de um membro da organização criminosa em São Paulo, foi descoberto que um dos alvos era o cearense, apontado pelas investigações como uma das lideranças da facção criminosa na Guiana Francesa e responsável principalmente pelo tráfico de entorpecentes."
Ministério Público do Ceará
Em publicação

O Ministério Público do Ceará instaurou Procedimento de Investigação Criminal (PIC) e aprofundou as investigações contra o cearense líder da facção na Guiana Francesa, o que culminou na Operação. Outras sete pessoas são suspeita de integrar o esquema criminoso no Ceará.

"O objetivo da ação integrada é desarticular organizações criminosas violentas que atuam nas ruas e nos sistemas prisionais, efetivar prisões de seus integrantes e coletar provas das práticas delituosas detectadas em investigações realizadas no âmbito do Ministério Público brasileiro", acrescenta o MPCE.