Rebanho sofre com a falta de pastagens

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Redação producaodiario@svm.com.br
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Iguatu (Sucursal) – Os pequenos criadores de bovinos vêm enfrentando dificuldades para alimentar o rebanho. A pastagem nativa chegou ao fim com o prolongamento da estiagem. O resultado desse quadro de escassez de chuva é que o gado está magro. A situação é considerada preocupante e crítica. Os técnicos avaliam que se até meados deste mês de fevereiro não ocorrer boas precipitações, os animais devem começar adoecer e morrer.

A única saída é comprar ração para tentar manter os bichos em pé, mesmo com reduzida alimentação. O problema está no custo e na falta de capital por parte dos pequenos criadores. “A pastagem que nasceu no início de janeiro em decorrência das chuvas de final de ano, já murchou e está morrendo”, disse o gerente regional da Ematerce, em Iguatu, Mauro Nogueira.

No Município de Cedro, os pequenos e médios criadores enfrentam dificuldades para alimentar o rebanho. Os açudes e poços secaram e há até escassez de água para o consumo dos animais. O criador Valquírio Clementino, no Sítio Cobra, não sabe mais o que fazer para alimentar 70 bovinos. O gado está magro e perde peso a cada semana. “A nossa dificuldade maior é de alimentação”, disse. “Estou comprando resíduo de algodão e de arroz, mas a despesa vem crescendo”.

A saca de 50 kg de soja custa R$ 37,00, e a de 60 kg de milho, R$ 27,00. Sem capital, os pequenos criadores compram torta de algodão (resíduo) e o subproduto do arroz beneficiado, que custa menos. A tendência do gado mal alimentado é ficar fraco, doente e cair. Quando isso ocorre, o criador tem mais despesa com medicamento. Nesse período do ano, o preço do bovino sofre queda, pois há dificuldades de alimentação.