Praia do Preá, no norte do Ceará, continua cheia de lixo dois dias após festas de Réveillon
Empresários e turistas reclamam que o descarte de lixo é um problema que prejudica a região.
Moradores e empresários da Praia do Preá, no município de Cruz, na região Norte do Ceará, denunciam o acúmulo de lixo ao longo da faixa de areia dois dias após a festa do Réveillon na cidade, que, até este domingo (2) pela manhã, ainda não havia sido recolhido.
A Praia do Preá foi uma das muitas que receberam turistas em busca de aproveitar as festividades de Réveillon, mas a falta de limpeza e fiscalização tem gerado transtornos, conforme os habitantes.
De acordo com um dos empresários do Preá, Marco Dalpozzo, com o volume de visitantes durante o Réveillon e a falta de fiscalização, os resíduos tomaram conta da faixa de areia, prejudicando os empresários.
"A gente é profundamente afetado porque o nosso turista paga caro e chega a uma praia mal gerenciada. Nós vendemos um paraíso que não existe mais, que tem risco de não existir por falta de atuação das instituições que deveriam atuar", lamenta Dalpozzo.
Por meio da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo, a Prefeitura Municipal de Cruz garantiu que foi realizado um mutirão de limpeza na Praia do Preá após o Réveillon. “Contudo, as denúncias serão averiguadas”, completou em nota.
Uma turista de São Paulo, que todos os anos passa a virada na cidade e cuja identidade será preservada, reforça o cenário de sujeira após a festa. Neste domingo, ainda eram vistos sacos, marmitas de isopor, restos de frutas, garrafas plásticas e de vidro espalhadas pela areia e próximas a muros.
Segundo a mulher, algumas pessoas estavam realizando pequenos mutirões para recolher os itens deixados. “Eu e minhas filhas passamos por alguns grupos de banhistas e fomos orientadas sobre a importância de recolher o próprio lixo e não deixar na praia”, conta.
“Isso é um descaso, tristeza total. Tá chovendo aqui na região e, se não for recolhida a tempo, essa sujeira vai toda para o mar”, lamenta a mulher.
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De acordo com Marco Dalpozzo, já foram feitas reclamações formais junto à administração municipal. "Está se jogando fora um patrimônio incrível. As instituições aqui não fazem o que devia estar sendo feito", opina o empresário.