Pagadores de promessa dão provas de fé
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A Romaria de São Francisco das Chagas encerra programação amanhã com público estimado em 400 mil
Canindé. Um mundo de fé. Assim, pode ser caracterizada a cidade de Canindé durante a Festa de São Francisco das Chagas, cujo último dia de programação ocorrerá amanhã. Em homens ou mulheres, crianças, adultos ou idosos, a devoção ao padroeiro pode ser sentida no fervor com que os fiéis impostam as mãos ao Santíssimo Sacramento. Ou percebida em vestes franciscanas ou adereços carregados pelos pagadores de promessa: católicos que alcançaram a graça pedida e, agora, voltam para agradecer.
Amanhã, cerca de 400 mil pessoas devem participar da festa durante todo o dia, conforme o pároco frei João Hamilton dos Santos. A primeira missa do dia, às 4h, terá transmissão ao vivo pela TV Diário, em celebração presidida pelo frei Marconi Lins. Em seguida, haverá celebrações de hora em hora, na Basílica. Às 16h, a última missa antecederá procissão pelas ruas da cidade, com a imagem de São Francisco. Às 19h, 250 mil pessoas são esperadas na Praça dos Romeiros para encerrar os festejos. Primeiro, uma cerimônia religiosa. Depois, show com a cantora Fafá de Belém. A interpretação de “Ave Maria”, certamente, emocionará a todos.
E, até amanhã, milhares de pagadores de promessa agradecerão no altar da Basílica de São Francisco, subirão de joelhos a escadaria da estátua do padroeiro, deixarão velas na Gruta de Nossa Senhora de Lourdes ou cachos de cabelo na Casa dos Milagres.
Que o diga a aposentada Maria Gomes Ferreira, 73, moradora de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. Devota de São Francisco desde criança, já perdeu as contas das promessas que fez. A última foi paga no último domingo pela manhã. Desde a entrada da Basílica, foi de joelhos até o altar. Questionada se o sacrifício não provoca dores, mostra os joelhos antes de tudo. A ausência de qualquer marca ou ferida já bastaria como resposta, mas ela reforça: “Não dói nada, você nem sente”. Nem mesmo ofertas de ajuda são aceitas. “O pessoal quer me segurar, mas eu quero ir é só”, explica.
O motivo da promessa foi aparentemente simples, mas para uma mãe, justifica-se o pedido de socorro a São Francisco. Há cerca de seis meses, a filha sentiu uma dor de cabeça muito forte. Os comprimidos não resolveram. Pouco tempo após falar com o santo preferido, a filha já estava bem.
Apesar de parecer simples ir a Canindé pagar uma promessa, o mesmo não se pode dizer quando é preciso enfrentar longas distâncias para fazê-lo. É o caso do agricultor Pedro Borges Ferreira, 63, que freta ônibus e, há nove anos, organiza caravana de romeiros do município de Nazaré do Piauí, na região central do Estado vizinho ao Ceará. Neste ano, vieram 37 pessoas, mas seu Pedro se preocupou também com quem não pôde estar presente. Ficou responsável por depositar a esmola de 11 amigos, em um total de R$ 622,00. “Eles têm muita confiança em Deus, em São Francisco e na minha pessoa”, diz, agradecido.
Dupla devoção
Já a professora Itana dos Santos Saraiva, 24, foi uma dos 31 moradores de Fortuna, a 356km de São Luís, no Maranhão, que vieram ao Ceará, em duas Vans, pagar promessas em dose dupla. No último dia 25, saíram para Juazeiro do Norte, onde chegaram no dia seguinte. No dia 27, rumaram para Canindé. No Cariri, a professora pagou promessa feita pela mãe à Padre Cícero. No Sertão Central, quitou dívida própria com São Francisco.
De acordo com o frei João Hamilton, não há limites para as promessas feitas pelos fiéis, pois Deus dá força para que eles as cumpram. “Os católicos são um povo muito agradecido. Isso vem das raízes do povo de Israel”, explica. Conforme o pároco, os pedidos mais freqüentes são de cura física e espiritual. Depois, há as promessas “dos tempos atuais”, como pedidos de emprego, casas e carros, sucesso no vestibular, casamento e quitação de dívidas.
ÍCARO JOATHAN
Repórter
Protagonistas
Histórias de graças alcançadas
Itana dos Santos Saraiva
Aos 13 anos, tinha um caroço no olho. Em cinco meses, os médicos não resolveram. A mãe fez promessa a Padre Cícero. Em 2006, pediu aprovação em concurso público a São Francisco. Alcançou as duas graças.
Pedro Borges Ferreira
Em 1972, trabalhava na construção de uma ponte em Goiás. A 12 metros de profundidade, a falta de energia provocou um incêndio. O fogo foi na direção de seu Pedro, que pediu socorro a São Francisco. Foi salvo.
MILAGRES DO SANTO
Fiéis relatam casos de curas
Canindé. Roupa marrom da cabeça aos pés, um saco de velas e a concentração na hora de acender o fogo. Algumas orações podem ser percebidas por balbucios ou mesmo pelo olhar distante. No ambiente meio escuro e muito quente da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, são incontáveis os fiéis que levam velas para pagar promessas feitas a São Francisco das Chagas.
Foi o caso da doméstica Maria Vilma Lessa, 56. Acompanhada do filho, foi pagar uma promessa feita há 12 anos. O marido costumava beber e era “bonequeiro”, como ela diz. Chamava palavrões com ela e maltratava os filhos. Às vezes, as discussões terminavam em agressões. Pediu a São Francisco que o marido deixasse de “botar boneco” dentro de casa. Dois a três meses depois, o companheiro começou a mudar o comportamento. “Ele foi parando devagarzinho. Hoje, ele bebe moderadamente e não bota mais boneco”, garante.
Além das quatro velas gigantes que deixou na gruta, Maria Vilma ainda iria cortar o cabelo e deixar junto com as vestes na Casa dos Milagres. “É a primeira vez que venho agradecer, mas pretendo vir todo ano”, diz a moradora de Maranguape.
Em alguns casos, a devoção em família leva à coincidência de promessas. Há cerca de dez meses, o pequeno Davi Fernandes da Silva nasceu dez dias após a data prevista, “todo amarelo, sem cor, sem força para chorar e mamar no peito, quase morto”, conforme narra a mãe e dona-de-casa Aselma Fernandes Pereira, 29.
Diante da dificuldade, a mãe e a avó Regina Célia Fernandes Pereira, 52, tiveram a mesma idéia, apesar de não combinarem entre si. Pediram socorro a São Francisco. “Com poucos dias, ele já começou a melhorar. Hoje, a coisa mais difícil é ele pegar uma gripe. Com certeza, foi São Francisco que curou o meu filho”, diz a mãe. Para pagar a promessa, mãe e avó vieram de Luís Correia, no Piauí, para Canindé.
Motorromaria
Como já é tradição, viajar de moto virou forma de expressar devoção a São Francisco. No último domingo, vários grupos podiam ser vistos em Canindé. Um deles veio de Fortaleza e do Maciço de Baturité, principalmente de Guaramiranga. Cerca de 1.200 motos participaram, segundo o organizador do evento, Girlando Rodrigues. Ele diz que a romaria já existe há 32 anos e é a mais antiga da atualidade. Entre os participantes, o gráfico Antônio Edmilson de Sousa, 42, de Baturité, conta que sentia dores muito fortes no estômago, incluindo crises de gastrite. “Não tinha remédio que desse jeito”, diz. Após cinco anos indo de bicicleta à Festa de São Francisco, em 2002, as dores desapareceram.
CONFRATERNIZAÇÃO
Missa do Vaqueiro mobiliza gerações
Canindé. A Missa do Vaqueiro, que presta homenagem a São Francisco de Canindé durante a romaria este ano, foi marcada por emoção e o encontro de novas gerações que seguem os caminhos dos pais e avós na lida com cavalo e gado. A cavalgada deixou o Parque de Exposição às 8h e, após um percurso de seis quilômetros, chegou à estátua de São Francisco, local da celebração presidida por padre Tula e frei João Hamilton dos Santos.
Os 1.600 vaqueiros vestidos a rigor — gibão, perneiras, peitoral, chinelo e chapéu de couro que participaram da celebração sob um calor de 40 graus não escondiam a emoção de estar mais uma vez presente à festa. Foi o caso de José Adauto Uchôa Daniel, 58 anos, 30 deles participando da missa. “Essa festa é um dos momentos em que posso agradecer a São Francisco por tudo de bom que ele me proporcionou durante o ano”, disse José Adauto.
Durante o sermão, padre Tula lembrou que manter a tradição é uma prova de que Canindé sabe valorizar a figura do vaqueiro. “Nesse dia, possamos pedir a São Francisco paz, proteção e acima de tudo saúde para continuarmos nessa luta em defesa da valorização de nossas culturas”, frisou.
Na 38ª edição da missa, a Igreja Católica prestou homenagem à presidente da Associação, Dina Maria Martins, com um troféu produzido pela Pastoral do Acolhimento. A Mestra da Cultura do Ceará, não se conteve e foi às lágrimas.
A festa em homenagem ao padroeiro da cidade começou em 1970, através do poeta popular Raimundo Marreiro, já falecido, do executivo Juarez Coutinho e da vaqueira Dina Maria Martins.
De acordo com Dina, a primeira missa foi celebrada no dia 1º de outubro de 1970, pelo vigário da época, frei Lucas Dolle. Em 1976, graças ao grande sucesso do evento cultural, a cavalgada da fé contou com a presença do saudoso rei do baião Luiz Gonzaga.
ANTÔNIO CARLOS ALVES
Especial para o Regional
Mais informações:
Paróquia de São Francisco das Chagas
Praça da Basílica, Centro
Canindé (a 120km de Fortaleza)
(85) 3343.0774 / 3343.0017
Canindé. Um mundo de fé. Assim, pode ser caracterizada a cidade de Canindé durante a Festa de São Francisco das Chagas, cujo último dia de programação ocorrerá amanhã. Em homens ou mulheres, crianças, adultos ou idosos, a devoção ao padroeiro pode ser sentida no fervor com que os fiéis impostam as mãos ao Santíssimo Sacramento. Ou percebida em vestes franciscanas ou adereços carregados pelos pagadores de promessa: católicos que alcançaram a graça pedida e, agora, voltam para agradecer.
Amanhã, cerca de 400 mil pessoas devem participar da festa durante todo o dia, conforme o pároco frei João Hamilton dos Santos. A primeira missa do dia, às 4h, terá transmissão ao vivo pela TV Diário, em celebração presidida pelo frei Marconi Lins. Em seguida, haverá celebrações de hora em hora, na Basílica. Às 16h, a última missa antecederá procissão pelas ruas da cidade, com a imagem de São Francisco. Às 19h, 250 mil pessoas são esperadas na Praça dos Romeiros para encerrar os festejos. Primeiro, uma cerimônia religiosa. Depois, show com a cantora Fafá de Belém. A interpretação de “Ave Maria”, certamente, emocionará a todos.
E, até amanhã, milhares de pagadores de promessa agradecerão no altar da Basílica de São Francisco, subirão de joelhos a escadaria da estátua do padroeiro, deixarão velas na Gruta de Nossa Senhora de Lourdes ou cachos de cabelo na Casa dos Milagres.
Que o diga a aposentada Maria Gomes Ferreira, 73, moradora de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. Devota de São Francisco desde criança, já perdeu as contas das promessas que fez. A última foi paga no último domingo pela manhã. Desde a entrada da Basílica, foi de joelhos até o altar. Questionada se o sacrifício não provoca dores, mostra os joelhos antes de tudo. A ausência de qualquer marca ou ferida já bastaria como resposta, mas ela reforça: “Não dói nada, você nem sente”. Nem mesmo ofertas de ajuda são aceitas. “O pessoal quer me segurar, mas eu quero ir é só”, explica.
O motivo da promessa foi aparentemente simples, mas para uma mãe, justifica-se o pedido de socorro a São Francisco. Há cerca de seis meses, a filha sentiu uma dor de cabeça muito forte. Os comprimidos não resolveram. Pouco tempo após falar com o santo preferido, a filha já estava bem.
Apesar de parecer simples ir a Canindé pagar uma promessa, o mesmo não se pode dizer quando é preciso enfrentar longas distâncias para fazê-lo. É o caso do agricultor Pedro Borges Ferreira, 63, que freta ônibus e, há nove anos, organiza caravana de romeiros do município de Nazaré do Piauí, na região central do Estado vizinho ao Ceará. Neste ano, vieram 37 pessoas, mas seu Pedro se preocupou também com quem não pôde estar presente. Ficou responsável por depositar a esmola de 11 amigos, em um total de R$ 622,00. “Eles têm muita confiança em Deus, em São Francisco e na minha pessoa”, diz, agradecido.
Dupla devoção
Já a professora Itana dos Santos Saraiva, 24, foi uma dos 31 moradores de Fortuna, a 356km de São Luís, no Maranhão, que vieram ao Ceará, em duas Vans, pagar promessas em dose dupla. No último dia 25, saíram para Juazeiro do Norte, onde chegaram no dia seguinte. No dia 27, rumaram para Canindé. No Cariri, a professora pagou promessa feita pela mãe à Padre Cícero. No Sertão Central, quitou dívida própria com São Francisco.
De acordo com o frei João Hamilton, não há limites para as promessas feitas pelos fiéis, pois Deus dá força para que eles as cumpram. “Os católicos são um povo muito agradecido. Isso vem das raízes do povo de Israel”, explica. Conforme o pároco, os pedidos mais freqüentes são de cura física e espiritual. Depois, há as promessas “dos tempos atuais”, como pedidos de emprego, casas e carros, sucesso no vestibular, casamento e quitação de dívidas.
ÍCARO JOATHAN
Repórter
Protagonistas
Histórias de graças alcançadas
Itana dos Santos Saraiva
Aos 13 anos, tinha um caroço no olho. Em cinco meses, os médicos não resolveram. A mãe fez promessa a Padre Cícero. Em 2006, pediu aprovação em concurso público a São Francisco. Alcançou as duas graças.
Pedro Borges Ferreira
Em 1972, trabalhava na construção de uma ponte em Goiás. A 12 metros de profundidade, a falta de energia provocou um incêndio. O fogo foi na direção de seu Pedro, que pediu socorro a São Francisco. Foi salvo.
MILAGRES DO SANTO
Fiéis relatam casos de curas
Canindé. Roupa marrom da cabeça aos pés, um saco de velas e a concentração na hora de acender o fogo. Algumas orações podem ser percebidas por balbucios ou mesmo pelo olhar distante. No ambiente meio escuro e muito quente da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, são incontáveis os fiéis que levam velas para pagar promessas feitas a São Francisco das Chagas.
Foi o caso da doméstica Maria Vilma Lessa, 56. Acompanhada do filho, foi pagar uma promessa feita há 12 anos. O marido costumava beber e era “bonequeiro”, como ela diz. Chamava palavrões com ela e maltratava os filhos. Às vezes, as discussões terminavam em agressões. Pediu a São Francisco que o marido deixasse de “botar boneco” dentro de casa. Dois a três meses depois, o companheiro começou a mudar o comportamento. “Ele foi parando devagarzinho. Hoje, ele bebe moderadamente e não bota mais boneco”, garante.
Além das quatro velas gigantes que deixou na gruta, Maria Vilma ainda iria cortar o cabelo e deixar junto com as vestes na Casa dos Milagres. “É a primeira vez que venho agradecer, mas pretendo vir todo ano”, diz a moradora de Maranguape.
Em alguns casos, a devoção em família leva à coincidência de promessas. Há cerca de dez meses, o pequeno Davi Fernandes da Silva nasceu dez dias após a data prevista, “todo amarelo, sem cor, sem força para chorar e mamar no peito, quase morto”, conforme narra a mãe e dona-de-casa Aselma Fernandes Pereira, 29.
Diante da dificuldade, a mãe e a avó Regina Célia Fernandes Pereira, 52, tiveram a mesma idéia, apesar de não combinarem entre si. Pediram socorro a São Francisco. “Com poucos dias, ele já começou a melhorar. Hoje, a coisa mais difícil é ele pegar uma gripe. Com certeza, foi São Francisco que curou o meu filho”, diz a mãe. Para pagar a promessa, mãe e avó vieram de Luís Correia, no Piauí, para Canindé.
Motorromaria
Como já é tradição, viajar de moto virou forma de expressar devoção a São Francisco. No último domingo, vários grupos podiam ser vistos em Canindé. Um deles veio de Fortaleza e do Maciço de Baturité, principalmente de Guaramiranga. Cerca de 1.200 motos participaram, segundo o organizador do evento, Girlando Rodrigues. Ele diz que a romaria já existe há 32 anos e é a mais antiga da atualidade. Entre os participantes, o gráfico Antônio Edmilson de Sousa, 42, de Baturité, conta que sentia dores muito fortes no estômago, incluindo crises de gastrite. “Não tinha remédio que desse jeito”, diz. Após cinco anos indo de bicicleta à Festa de São Francisco, em 2002, as dores desapareceram.
CONFRATERNIZAÇÃO
Missa do Vaqueiro mobiliza gerações
Canindé. A Missa do Vaqueiro, que presta homenagem a São Francisco de Canindé durante a romaria este ano, foi marcada por emoção e o encontro de novas gerações que seguem os caminhos dos pais e avós na lida com cavalo e gado. A cavalgada deixou o Parque de Exposição às 8h e, após um percurso de seis quilômetros, chegou à estátua de São Francisco, local da celebração presidida por padre Tula e frei João Hamilton dos Santos.
Os 1.600 vaqueiros vestidos a rigor — gibão, perneiras, peitoral, chinelo e chapéu de couro que participaram da celebração sob um calor de 40 graus não escondiam a emoção de estar mais uma vez presente à festa. Foi o caso de José Adauto Uchôa Daniel, 58 anos, 30 deles participando da missa. “Essa festa é um dos momentos em que posso agradecer a São Francisco por tudo de bom que ele me proporcionou durante o ano”, disse José Adauto.
Durante o sermão, padre Tula lembrou que manter a tradição é uma prova de que Canindé sabe valorizar a figura do vaqueiro. “Nesse dia, possamos pedir a São Francisco paz, proteção e acima de tudo saúde para continuarmos nessa luta em defesa da valorização de nossas culturas”, frisou.
Na 38ª edição da missa, a Igreja Católica prestou homenagem à presidente da Associação, Dina Maria Martins, com um troféu produzido pela Pastoral do Acolhimento. A Mestra da Cultura do Ceará, não se conteve e foi às lágrimas.
A festa em homenagem ao padroeiro da cidade começou em 1970, através do poeta popular Raimundo Marreiro, já falecido, do executivo Juarez Coutinho e da vaqueira Dina Maria Martins.
De acordo com Dina, a primeira missa foi celebrada no dia 1º de outubro de 1970, pelo vigário da época, frei Lucas Dolle. Em 1976, graças ao grande sucesso do evento cultural, a cavalgada da fé contou com a presença do saudoso rei do baião Luiz Gonzaga.
ANTÔNIO CARLOS ALVES
Especial para o Regional
Mais informações:
Paróquia de São Francisco das Chagas
Praça da Basílica, Centro
Canindé (a 120km de Fortaleza)
(85) 3343.0774 / 3343.0017