Mãe e bebê de 10 meses são vítimas mortas em acidente em São Luís do Curu

Sarah Luiza Aguiar Barbosa de Oliveira, de 30 anos, voltava de uma consulta médica em Fortaleza com os pais, o esposo e o filho, Nícolas Aguiar Oliveira; sobreviventes seguem internados no IJF, na Capital

Escrito por Redação , regiao@svm.com.br
Legenda: Carlos Guttemberg, Sarah Luiza e Nícolas voltavam de consulta médica em Fortaleza quando sofreram o acidente; mãe e filho morreram
Foto: Reprodução

A farmacêutica Sarah Luiza Aguiar Barbosa de Oliveira, 30, e o filho Nícolas Aguiar Oliveira, de 10 meses, são as duas vítimas mortas no acidente ocorrido na noite dessa sexta-feira (2), na BR-222, em São Luís do Curu, envolvendo uma carreta e outros dois veículos. Mãe e bebê seguiam viagem com os pais e o esposo dela, que seguem hospitalizados em Fortaleza.

Floriano Teixeira Barbosa, tio da farmacêutica, afirmou que a família voltava para Itapipoca após uma consulta médica na Capital. “Foi quando o caminhão perdeu o controle, saiu da mão e empurrou eles pro abismo. É um pesar muito grande pra família, todos nós estamos sofrendo muito”, declarou, em entrevista ao Sistema Verdes Mares.

O comerciante Urbano César Barbosa, 64, pai de Sarah, conduzia o veículo da família no momento do sinistro. Segundo familiares, ele quebrou as duas pernas, passou por cirurgia e está na sala de recuperação do Instituto Dr. José Frota (IJF). 

O estado de saúde de Karla Cecilia Aguiar Barbosa, 58, esposa dele e mãe de Sarah, que também estava no veículo, é grave. A funcionária pública teve múltiplas lesões nos membros inferiores, superiores e no tórax, e está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Carlos Guttemberg Alves de Aguiar Oliveira, 27, esposo de Sarah, pai de Nícolas, também teve lesões graves e permanece na UTI.

O corpo da farmacêutica foi liberado pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce) ainda na tarde deste sábado (3), e será velado e sepultado no cemitério Jardim Eterno, em Itapipoca. Não há informações sobre o corpo de Nícolas.

Em nota, o Conselho Regional de Farmácia do Ceará (CRF/CE) lamentou e descreveu como “irreparável” a perda da profissional e do filho. “Prestamos solidariedade aos amigos e familiares de Sarah, que prestou um trabalho exemplar em Itapipoca. Rogamos para que Deus possa confortá-los nesse momento de grande dor."

“Descaso”

Para Gilvania Barbosa Alves, familiar das vítimas, o acidente reflete “descaso e falta de fiscalização” sobre os veículos de carga nas estradas do interior.

“O que vemos nas BRs são caminhões carregando madeira de forma irregular, desmatando o meio ambiente, os caminhões num estado deplorável. E sem fiscalização. Agora é rezar pra que Deus ajude os que estão no hospital e traga conforto pelos que se foram”, lamenta.

David Breno Queiroz, chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Sobral, afirma que foi instituído, em julho deste ano, o Grupo de Fiscalização de Trânsito e Transporte (GFT), exclusivo para vistoria de veículos de carga. “Mas, por lógica e obviedade, não conseguimos fiscalizar todos os caminhões de carga que passam na BR. Essa tragédia aconteceu por irresponsabilidade apenas do condutor”, pondera.

O motorista que conduzia a carreta, carregada com madeira, fugiu do local e está sendo procurado pela polícia, assim como o proprietário do caminhão. A investigação sobre o acidente ficará a cargo da Polícia Civil do Ceará (PCCE), após entrega do laudo do acidente pela PRF.