Chove em 51 municípios nas últimas 24 horas, aponta Funceme

Abril findou com desvio negativo de 31.7% e o Ceará acumula 27,8% de suas reservas hídricas

Escrito por Honório Barbosa ,
Legenda: Chuva no Sertão de Icó
Foto: Honório Barbosa

Nas últimas 24 horas, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou chuva em 51 municípios. As cinco maiores precipitações do dia foram observadas Eusébio (53mm), Mucambo, Maranguape e Beberibe, cada, (50mm), São Gonçalo do Amarante (45mm).

Abril, que é o terceiro mês da quadra chuvosa no Ceará, registrou até o momento um déficit de 31.7%. Para o período, eram esperados 188mm, mas foram verificados 128.5mm.

O bimestre fevereiro e março, passado, também apresentou acumulados abaixo do esperado que é de 322mm. Choveu nos dois meses, 314.6mm, ou seja, 2,3% amenos da média histórica.

Já nos meses de março e abril, que são os dois mais chuvosos historicamente no Ceará, neste ano, as precipitações ficaram inferior ao esperado que é de 391.4mm. Foram registrados 391mm, que significa desvio negativo de 19%.

Para maio, que está começando, são esperados 90.6mm. É o menor índice para a quadra chuvosa. Fevereiro tem média histórica de 118.6mm.

Legenda: Icó, interior do Ceará
Foto: Honório Barbosa

 A Funceme prevê, para os próximos três dias, tempo com nebulosidade variável em todas as regiões e chuva isolada no litoral Norte, na Ibiapaba e no Sertão Central e Inhamuns. Para a próxima segunda-feira, existe possibilidade de chuva em todas as regiões do Ceará.

Entre as 7 horas da manhã desta sexta-feira (30) e 7 horas da manhã deste sábado (1º) houve ainda registro de chuva em Palmácia (42.2mm); Paracuru (40mm), Tejuçuoca (35mm), Aquiraz e Pindoretama (33mm), Fortaleza (32.6mm), Jaguaruana e Itatira (31mm), Paramoti e General Sampaio (29mm).

Reservas hídricas

Até o momento o Ceará tem o volume médio acumulado de 27,8% nos 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Legenda: Sangria em barragem de Acopiara
Foto: Honório Barbosa

Há 18 açudes sangrando. São eles: Acaraú Mirim (Massapê), São Vicente (Santana do Acaraú), Caldeirões (Saboeiro), Faé (Quixelô), Pau Preto (Potengi), Quincoê (Acopiara), Valério (Altaneira), Angicos e Trapiá III (Coreaú), Itaúna (Granja), Tucunduba (Senador Sá), Gameleira e Quandua (Itapipoca), São Pedro Timbaúba (Miraíma), Germinal (Palmácia), Tijuquinha (Baturité), Rosário (Lavras da Mangabeira) e Barragem do Batalhão (Crateús).

Outros 25 açudes estão com volume acima de 90% e 50 abaixo de 30%. Ainda de acordo com a Cogerh, há 11 açudes em volume morto - Barra Velha, Castro, Cipoada, Joaquim Távora, Pompeu Sobrinho, Potiretama, Riacho da Serra, São Domingos, Sousa, Trapiá II e Várzea do Boi.

Cinco reservatórios permanecem secos: Forquilha II, Madeiro, Monsenhor Tabosa, Pirabibu e Salão.

Comparativo

Há um ano, o Ceará estava com 29% do volume nos 155 açudes monitorados pela Cogerh. Havia 44 açudes sangrando; 50 com volume acima de 90% e 40% abaixo de 30%.

“Os números mostram que as reservas hídricas no ano passado eram ligeiramente melhores do que o quadro atual”, observou o secretário Executivo da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Aderilo Alcântara.

Atualmente os três maiores açudes do Ceará apresentam os seguintes volumes hídricos: Castanhão (12,2%); Orós (26,4%) e Banabuiú (8,6%).

No início da atual quadra chuvosa, em 1º de fevereiro, o Castanhão acumulava 10,5%; o Orós, 20,1% e o Banabuiú, 8,3%.