Abandono marca áreas de litígio entre Ceará e Piauí
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Redação
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Patrícia Araújo
As áreas de litígio entre o Ceará e Piauí resumem uma contradição: enquanto os governos dos dois Estados negociam, há mais de um século, a propriedade geográfica de cerca de 150 comunidades em municípios como Viçosa do Ceará, Crateús e Poranga — do lado cearense — e Cocal, Pedro II e Buriti dos Montes — na parte do Piauí — milhares de famílias residentes nas localidades dessas divisas parecem viver em terras de ninguém. Amargam uma infinidade de problemas socioeconômicos marcados pela falta de serviços essenciais como água, esgoto, saúde, educação, transporte e estradas trafegáveis. Muitas das localidades, na estação das chuvas, ficam literalmente ilhadas, isoladas sem qualquer forma de comunicação. O Diário do Nordeste percorreu 1.684km dessas áreas de litígio e apresenta, neste Caderno Especial, como vivem os esquecidos por governos que fazem questão de serem donos das terras, mas sem garantirem qualidade de vida para a população.