Legislativo Judiciário Executivo

Rosa Weber e Alexandre de Moraes visitam penitenciárias onde estão presos por atos antidemocráticos

Cerca de 800 envolvidos nos ataques continuam detidos

Escrito por Agência Brasil/Diário do Nordeste ,
Penitenciária Feminina da Colmeia
Legenda: Penitenciária Feminina da Colmeia abriga presas por atos antidemocráticos
Foto: Agência Brasil

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, e o ministro Alexandre de Moraes, visitaram nesta segunda-feira (6) presídios onde estão investigados pela invasão e depredação às sedes poderes constitucionais de 8 de janeiro.

Rosa e Alexandre, relator das investigações no STF, visitaram a Penitenciária Feminina da Colmeia e o presídio masculino da Papuda. Na visita ao presídio feminino, onde estão mulheres envolvidas na invasão e presas no acampamento, os ministros estavam acompanhados da governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão.

Há duas semanas, um grupo de parlamentares se reuniu com a presidente do STF e com o ministro para pedir a libertação dos presos que não tiveram participação na depredação da sede do tribunal, do Congresso e do Palácio do Planalto.

Até o momento, dos 1,4 mil presos após as invasões, cerca de 800 continuam detidos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou mais de 900 pessoas pelos ataques aos Poderes Constitucionais.

Acusados de financiar os atos, 54 pessoas físicas, três empresas, uma associação e um sindicato já tiveram bens bloqueados a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).

Atos terroristas em Brasília
Legenda: Terroristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O órgão cobra R$ 100 milhões em danos morais coletivos, além de R$ 20 milhões por danos materiais pelos prejuízos.

Ações terroristas foram planejadas

Segundo a investigação da PGR, a invasão ao Congresso Nacional foi organizada em linhas de ataque, com divisão dos manifestantes para ações específicas. 

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Os grupos de linha de frente depredaram os bens públicos munidos armas impróprias, como machados e pedaços de pau. Nos grupos de retaguarda, os terroristas davam suporte para dificultar a ação dos policiais, abrindo extintores de incêndio.

Com a denúncia encaminhada ao STF, os invasores terroristas podem responder por diversos crimes, como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Além disso, ainda é possível considerar os crimes de deterioração de patrimônio tombado e de dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União.

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