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Ricardo Salles vira réu em ação que apura exportação ilegal de madeira

Além do ex-ministro do Meio Ambiente, foram denunciados o ex-presidente do Ibama, Eduardo Bim, servidores públicos e representantes do setor madeireiro

Escrito por Redação ,
Ricardo Salles foi ministro do Meio Ambiente
Legenda: Ricardo Salles foi ministro do Meio Ambiente
Foto: AFP

O ex-ministro do Meio Ambiente e atual deputado federal por São Paulo, Ricardo Salles (PL), virou réu em ação que apura esquema de exportação ilegal da madeira, nesta segunda-feira (28). Eduardo Bim, ex-presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e outros servidores também foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF). 

As informações são do jornal Folha de S. Paulo. Conforme denúncia do MPF, Salles estaria supostamente envolvido, na época em que era ministro, em um "grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais". 

O grupo em questão, conforme relatório, emitia "certidões e ofícios em desacordo com as orientações técnicas da equipe da instituição, com o fito de liberar madeira apreendida nos Estados Unidos". 

Ao jornal paulista, o parlamentar alegou que a denúncia "ignora as provas e testemunhos colhidos pela PF no inquérito. Tenho certeza de que o Judiciário vai recolocar as coisas no seu devido lugar". 

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O que diz a denúncia

A denúncia descreve que Salles e Bim praticaram atos normativos "para dar ares de legalidade a exportações de madeira em desacordo com as instruções normativas vigentes". 

O ex-ministro e o ex-presidente do Ibama foram denunciados por "integrarem organização criminosa na qual agentes públicos, aproveitando-se do cargo público e em conluio com representantes do setor madeireiro, praticaram diversos crimes direcionados aos interesses dos representantes do setor madeireiro"

Ainda conforme o documento, a atuação de Salles era nomear servidores que representavam interesses e exonerar os que tentavam combater exportação ilegal. 

O MPF ainda afirma que Bim recebeu R$ 5 mil em dinheiro de madeireiros, contudo, era Salles quem realizava reuniões com representantes do setor. 

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