PT, PV, PCdoB e PSB anunciam apoio à reeleição de Arthur Lira na presidência da Câmara
Federação teve conversas com Lira e busca governabilidade
PT, PV PCdoB e PSB anunciaram apoio à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (29). Com exceção do PSB, os demais partidos compõem a federação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O anúncio foi feito pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), líder da bancada do PT na Câmara e integrante da equipe de transição do governo eleito Lula, em coletiva de imprensa.
"Nós decidimos pelo apoio à reeleição do presidente Arthur Lira, compreendendo que nós temos uma agenda de país, de reconstrução do Brasil. O próprio presidente Arthur Lira foi o primeiro a reconhecer a legitimidade das urnas, do voto popular, e nós entendemos que é fundamental essa estabilidade institucional", afirmou o parlamentar
"Compreendemos que é possível construir um bloco de governo que possa dar ao país, dar ao presidente Lula estabilidade, governabilidade e uma base sólida para implementar aquilo que foi contratado pelo povo brasileiro".
O deputado afirmou que a equipe busca a construção de um bloco de governabilidade. O governo eleito prioriza negociação com o Congresso para a aprovação de pautas importantes.
Arthur Lira foi eleito presidente da Câmara em janeiro de 2021. Assim como no Senado, a eleição do comando da casa ocorre a cada quatro anos, com a nova legislatura dos deputados.
Na época, Lira teve apoio do presidente Jair Bolsonaro e dos partidos PP, PL, PSL, Pros, PSC, Republicanos, Avante, Patriota, PSD, PTB e Podemos.
Governabilidade
Reginaldo Lopes afirmou que o debate com os 15 partidos que compõem a transição do governo será iniciado ainda nesta terça. Uma das prioridades é a aprovação da PEC da Transição, que entrou em tramitação no Senado.
"É baseado numa agenda de trabalho. Nos últimos dias, nós conversamos muito com o presidente Arthur Lira. Uma agenda que pressupõe tirar o Brasil novamente do mapa da fome", afirmou o deputado.
A PEC prevê que os gastos com o Auxílio Brasil, que deve voltar a se chamar Bolsa Família, sejam retirados permanentemente do teto de gastos - regra fiscal criada para tentar conter os gastos públicos da União.
"Nós entendemos que de fato precisamos aprovar a PEC da Transição. É o primeiro passo para abrir espaço orçamentário para também reestabelecer as polícias fundamentais do campo da saúde", afirmou Lopes.