Plano para matar Lula era do conhecimento de Bolsonaro, diz denúncia
Caso a denúncia seja aceita pelo STF, Bolsonaro se tornará réu e responderá a um processo penal no tribunal
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Jair Bolsonaro tinha conhecimento e concordou com o plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Corte Alexandre de Moraes, afirmou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, nesta terça-feira (18). A denúncia, apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), detalha que o plano arquitetava o assassinato de Moraes e o envenenamento de Lula, além da tentativa de "neutralizar" o Supremo. As informações são do portal g1.
Caso a denúncia seja aceita pelo STF, Bolsonaro se tornará réu e responderá a um processo penal no tribunal. No documento, assinado por Gonet, a PGR descreve os crimes que embasaram as acusações.
Veja a denúncia na íntegra
> Denúncia da PGR
"Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de 'Punhal Verde Amarelo'", diz a denúncia.
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Conforme a denúncia, o "plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições".
Organização criminosa
Segundo Gonet, Bolsonaro liderava a organização criminosa, buscando romper o processo democrático desde 2021, para obter o "controle total sobre os três Poderes", como a criação de um gabinete central dedicado a organizar "a nova ordem que pretendiam implantar".
"Os planos culminaram no que a organização criminosa denominou de Operação Copa 2022, dotada ela mesma de várias etapas. A expectativa era a de que a Operação criasse comoção social capaz de arrastar o Alto Comando do Exército à aventura do golpe", diz trecho documento.