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Palácio da Alvorada: mais antigo que Brasília, residência presidencial é rica em detalhes; confira

Recentemente, a atual primeira-dama mostrou os danos que os imediatos antigos ocupantes, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua esposa Michelle, deixaram no local

Escrito por Redação ,
Legenda: O exterior do Palácio da Alvorada é rodeado de jardim, piscina, área para churrasco e bar.
Foto: Agência Brasil

Você sabia que a residência oficial do presidente da República é mais antiga que a própria capital federal? O Palácio da Alvorada foi inaugurado em 1958, dois anos antes da fundação de Brasília.

O espaço projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer foi o primeiro prédio a ser inaugurado na cidade que viria a ser a sede dos Três Poderes brasileiros. Atualmente, é lar de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente que assumiu o mandato em 1° de janeiro deste ano, e da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.

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Foi ela, inclusive, que escancarou os danos deixados ao Palácio pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua esposa Michelle. Em reportagem para a Globo News, a atual primeira-dama mostrou vidros quebrados, móveis manchados e danificados, obras de arte deterioradas, entre outros problemas.

Janja informou, ainda, que não deve se mudar com Lula de imediato para o Alvorada por isso. Reformas são feitas no lugar para restabelecer o estado do prédio e garantir a instalação do casal.

O batismo

O primeiro ocupante do Palácio foi Juscelino Kubitschek, presidente que levou para a frente a mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília e encaminhou o projeto arquitetônico da cidade. Foi ele, também, quem batizou o prédio.

 "Que é Brasília, senão a alvorada de um novo dia para o Brasil?", teria dito Juscelino. Nascia, então, em 1958, o Palácio da Alvorada.

O espaço

Na parte externa, vê-se um espelho d'água ao redor da edificação, revestida de linhas curvas típicas de Niemeyer. Há, ainda, uma estátua de bronze chamada "As Iaras", que retrata duas figuras femininas. A obra é assinada pelo escultor mineiro Alfredo Ceschiatti.

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O exterior do Palácio possui, ainda, um jardim e uma piscina olímpica, com 18x50 metros e até 2,10 metros de profundidade. Os convidados do presidente também podem aproveitar a sua companhia na churrasqueira e no bar da edificação. 

Engana-se quem pensa que a cadelinha Resistência vai ser o único animal do Alvorada. As famosas emas que vivem no entorno devem fazer companhia nos próximos anos.

Já na parte interna, há áreas privativas e sociais, para compromissos oficiais do presidente. No primeiro caso, Lula a Janja podem usar, no subsolo, o auditório com capacidade para 30 pessoas como sala de cinema particular.   

Abaixo do térreo também tem uma sala de jogos com mesa de sinuca. Mas nem só de lazer é ocupado o subsolo: no espaço, ficam localizados o almoxarifado, a cozinha, a despensa, a lavanderia e a administração do Alvorada.

Legenda: O auditório do subsolo também funciona como cinema privativo.
Foto: Divulgação

Já no pavimento acima, o presidente pode tratar de assuntos da gestão nos salões disponibilizados para isso. O Salão Nobre é decorado com obras de referencia do design mundial.

Na ordem, há o saguão de entrada e uma sala de jantar decorada ao gosto inglês do século 18, com uma mesa e 12 cadeiras. Para as refeições, o Palácio também tem uma sala de almoço ornamentada com obras barrocas e um salão de banquetes para 50 pessoas projetado por Anna Maria Niemeyer.

No térreo, que deve ser reaberto para visitação parcial do público, há, ainda, salas de música e de estar.

O primeiro andar, por sua vez, é reservado somente ao presidente e sua família. Neste piso, existem quatro suítes e outras ambientações íntimas. A cadelinha Resistência, adotada por Lula e Janja ainda durante o cárcere do petista, vai morar no Alvorada e circular por vários desses espaços.

Obras de arte

Além da estátua de Ceschiatti, o Alvorada abriga diversos quadros e esculturas, entre outras obras de arte. Uma delas ganhou maior repercussão na última semana.

Trata-se do painel do artista Di Cavalcanti, avaliado em pelo menos R$ 5 milhões, que foi danificado durante a estadia de Bolsonaro. A pintura estava instalada em uma das paredes da biblioteca do Palácio, mas foi retirada para alocar aparelhos eletrônicos para as lives semanais do ex-presidente.

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