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Mauro Cid fica em silêncio em depoimento à PF sobre inserção de dados falsos em cartões de vacina

O tenente-coronel é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro

Escrito por Redação ,
Foto mostra Mauro Cid, um homem branco, de cabelo bem penteado, sorrindo. Ele está fardado
Legenda: Mauro Cid está preso há 15 dias. Ele é investigado pela PF no suposto esquema de adulteração de cartões de vacina contra a Covid-19.
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, ficou em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal, em Brasília, na tarde desta quinta-feira (18). Ele foi chamado no inquérito que investiga um suposto esquema de fraude em cartões de vacina contra a Covid-19. Informações são do g1.

Cid está preso há 15 dias, em uma cela no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB). No depoimento, ele foi questionado sobre a inserção de dados falsos nos cartões de vacina dele e de sua esposa, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, das três filhas do casal, do ex-presidente Bolsonaro e da filha dele, Laura.

À PF, o ex-ajudante de ordens somente alegou que não teve acesso ao conteúdo integral da investigação e, diante disso, os investigadores não insistiram em fazer perguntas.

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Esquema fraudulento

As informações fraudulentas teriam sido inseridas para garantir que as famílias de Cid e Bolsonaro embarcassem para os Estados Unidos ao fim do ano passado — a imunização contra a doença era imposta pelos poderes públicos dos dois países, à época.

De acordo com O Globo, com informações da Polícia Federal, a quebra do sigilo telemático do ex-ajudante de ordens mostrou que as filhas do tenente-coronel executavam "atividades cotidianas" em Brasília nas datas em que seus cartões de vacinação registraram as doses contra a doença em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

"Os dados inseridos nos sistemas do Ministério da Saúde informam que Mauro Cid e suas filhas tomaram três doses de vacina contra a Covid-19, nas datas de 22/06/2021, 08/09/2021 e 19/11/2021, no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias/RJ, sendo as duas primeiras doses da fabricante Pfizer e a terceira da fabricante Janssen", diz relatório da PF.

Além das informações da própria família, Cid também será questionado sobre a inserção de dados falsos nos cartões de Bolsonaro e de Laura. 

Bolsonaro negou adulteração

Em depoimento à PF, na última terça-feira (16), Bolsonaro negou saber da inserção de dados falsos de vacinação em seu nome e no de familiares. Ele também afirmou não ter determinado a inclusão das informações fraudulentas nos sistemas do Ministério da Saúde e disse, também, que não acredita que Cid tenha arquitetado o esquema criminoso.

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