Lula diz que Elon Musk precisa aceitar regras do Brasil: 'Pensa que é o quê?'
Por descumprir medida judicial, o STF ordenou a suspensão do 'X' no País
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou diretamente no embate entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o dono do 'X', antigo Twitter, Elon Musk. Em entrevista à rádio MaisPB, em João Pessoa, na Paraíba, nesta sexta-feira (30), ele disse que o bilionário tem de obedecer às ordens do Supremo e que as leis brasileiras valem para todos que estão em território nacional.
A declaração de Lula foi dada antes da decisão do STF de ordenar a suspensão do 'X' no Brasil. Conforme o g1, o magistrado anunciou à tarde que notificou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para cortar a rede social em todo o Brasil em, no máximo, 24 horas.
“É o seguinte, cara, ele [Elon Musk] tem que respeitar a decisão da Suprema Corte Brasileira. Se quiser, bem, se não quiser, paciência. Se não for assim, esse país nunca será soberano. Esse país não é um país que tem uma sociedade com complexo de vira-lata. [...] Esse cara tem que aceitar as regras desse país”, afirmou o presidente, segundo a Agência Brasil.
Lula disse ainda que Musk “não é um cidadão do mundo” e, por isso, não pode ofender ou desrespeitar regras de outros países. “Não é porque o cara tem muito dinheiro que pode desrespeitar. Esse cidadão é um cidadão americano, ele não é um cidadão do mundo. Ele não pode ficar ofendendo os presidentes, ofendendo os deputados, ofendendo o Senado, ofendendo a Câmara, ofendendo a Suprema Corte. Ele pensa que é o quê?”, provocou o petista.
Veja também
Conflito entre Musk e Moraes
Em meio a uma série de conflitos com Alexandre de Moraes, Elon Musk publicou em seu perfil no 'X' uma foto produzida por inteligência artificial comparando o ministro a vilões das franquias Harry Potter e Star Wars.
O empresário alega estar sendo ameaçado e censurado pelo ministro, que é relator de inquéritos sobre a atuação do dono da plataforma em campanhas de desinformação contra as instituições brasileiras.
A rede social se recusa a derrubar perfis bloqueados por Moraes em investigações sobre a disseminação de notícias falsas e de ataques às instituições.