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Bolsonaro é reprovado por 51% dos brasileiros e aprovado por 24%, aponta pesquisa Datafolha

A reprovação do presidente é a maior registrada nas pesquisas do instituto desde o início do governo, em 2019

Escrito por Diário do Nordeste e Igor Gielow/Folhapress ,
Presidente Jair Bolsonaro colocando máscara de proteção
Legenda: A reprovação do presidente disparou entre o grupo econômico que ganha até 2 salários mínimos, que representa 57% da população do País
Foto: Evaristo Sa/AFP

Nova pesquisa do Datafolha aponta que a reprovação ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) subiu de 45% para 51%, enquanto a aprovação seguiu estável em 24%.

De acordo com o instituto, o índice do público que avalia o chefe do Executivo Nacional como ruim/péssimo é o maior dos 13 levantamentos feitos desde o início do governo, em 2019.

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Já a porcentagem de pessoas que avalia Bolsonaro como regular caiu de 30% para 24%, em comparativo com a pesquisa anterior, realizada em 11 e 12 de maio.

A pesquisa foi feita presencialmente nos dias 7 e 8 de julho com 2.074 pessoas acima de 16 anos em 146 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

Escalada de reprovação

O crescimento ocorreu sobre segmentos que viam o presidente como regular, em meio a período marcado por denúncias de corrupção no Ministério da Saúde durante a pandemia, pela atuação da CPI da Covid e pelos três primeiros dias nacionais de protestos contra Bolsonaro.

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Bolsonaro segue sendo o presidente com a segunda pior avaliação a esta altura de um primeiro mandato para o qual foi eleito desde a volta dos pleitos diretos para presidente, em 1989.

Só perde para Fernando Collor, que em meados de 1992 já enfrentava a tempestade do impeachment que o levou à renúncia no fim daquele ano. O hoje senador tinha 68% de ruim/péssimo, 21% de regular e apenas 9% de ótimo/bom.

Grupos socioeconômicos

A queda na popularidade de Bolsonaro é homogênea entre os diversos grupos socioeconômicos, com exceção de um recuo na reprovação entre mais ricos (seis pontos entre quem ganha de 5 a 10 salários mínimos e cinco entre os que ganham mais de 10 salários).

É no grupo econômico mais populoso da amostra, dos que ganham até 2 salários, que a situação foi pior para o presidente. Entre eles, que compõem 57% da população, Bolsonaro viu sua reprovação acelerar de 45% para 54%.

Reprovação sobe no nordeste

A queda de popularidade foi maior no Nordeste, região mais carente e que concentra 26% da população. Índices passaram de 51% para 60% na avaliação ruim ou péssima. No Norte/Centro-Oeste (15% da amostra), Bolsonaro é visto com um presidente ótimo ou bom por 34%. No Sul (15% da amostra), por 30%.

Bolsonaro segue sendo avaliado negativamente por mulheres (56%), jovens de 16 a 24 anos (56%), pessoas com ensino superior (58%) e os mais ricos (58%), apesar do recuo indicado.

Já seu desempenho é visto como mais positivo por quem tem mais de 60 anos (32% de ótimo ou bom), mais ricos (32%) e entre quem ganha entre 5 e 10 mínimos (34%).

Recorte de orientação sexual e raça 

O Datafolha buscou saber a opinião de pessoas por sua orientação sexual. Como Bolsonaro é historicamente conhecido por suas declarações homofóbicas, é pouca surpresa que seja reprovado por 72% dos homossexuais e bissexuais (8% da amostra, dividida igualmente entre os dois grupos).

Quando o quesito é racial, Bolsonaro atinge sua maior reprovação entre pretos (57%), com certa homogeneidade entre os demais grupos (brancos, pardos e amarelos).



 

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